quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dentes? Para que se preocupar…..tenho muitos na boca!

O ser humano na sua grande maioria não se preocupa com a saúde bucal!

Apesar de muitas pessoas questionarem essa afirmação, ela é verdadeira. Digo isso porque ao longo dos últimos dois anos pudemos conversar, e pesquisar milhares de pessoas (candidatos à paciente) e seus comportamentos dentro da clínica, aproximadamente 6 mil.

Na prática todos compartilham de uma mesma dor, um mesmo medo um mesmo sentimento.

Relatos: “Perdi a maioria dos meus dentes, e junto deles a minha alegria em sorrir, comer e vivier, e namorar e amar”.


Somente quando o ser humano bate no fundo do poço é que ele se vira para cima e tenta enxergar a luz. E culpa em 100% dos casos os profissionais que os atenderam, no passado. Em parte isso é verdade, em parte conveniente, afinal de contas quem em sã consciência diria que autorizou ou concordou em extrair boa parte dos seus dentes para “evitar” futuros problemas?

Tem duas coisas que faz o ser humano parar e tratar seus dentes:

1. A dor;

2. A perda de um dente ” da frente”;

A verdade é que as pessoas são “no mínimo” co-responsáveis pelo seu estado de saúde bucal, e no final ainda buscam preço baixo para resolver seus problemas.O que acaba em boa parte acaba gerando ainda mais problemas, pois acabam por receber um tratamento de baixo nível. Vamos entender uma coisa: NÃO EXISTE ALMOÇO DE GRAÇA.

Vale a pena lembrar dos plano de saúde odontológico, que em boa parte oferecem serviços sofríveis, porque de um lado temos um dentista péssímamente remunerado, que faz de conta que trata dos paciente,  que por sua vez faz de conta que paga por um plano decente (de 10 a 15 reais por mês) e de um plano de saúde que faz de conta que entrega um tratamento odontológico. E a empresa que finge oferecer saúde bucal aos seus funcionários, como um pacote de benefício (ou por razão de um acordo de dissídio sindical).

Quando se trata de visitar um médico, o paciente abaixa a cabeça, aguarda por mais de uma hora sentado para no final receber uma receita. Não que não haja valor nisso, mas nesse papel o mesmo homem ou mulher que reclama por aguardar 15 minutos na recepção do dentista, engole seu ímpeto no consultório médico. Pergunto: por que isso acontece?

Meu entendimento: As pessoas engolem seus ímpetos quando precisam fazer algo que consideram importante. No médico o sentimento é de saúde ou doença,  vida ou morte.

No dentista, é atraso de vida. Tenho tantos dentes, por que me preocupar?

Mal sabem as pessoas que um problema bucal pode acarretar em graves problemas de saúde, e até mesmo a morte. Mas a causa mortis quase nunca será identificada, pois o médico desconhece os assuntos e doenças bucais.

Quantas dores de cabeça seculares cuja origem é na ATM (articulação têmporo-mandibular) que fica próxima do ouvido, são tratadas como problema de clínica geral, que sem poder diagnosticar o que é, encaminha para um ortopedista, que por sua vez encaminha para um neurocirurgião, e que depois de muitos reais em exames e consultas, pagos pelo plano de saúde, basta uma ação pontual do dentista para solucionar?

Quando apresentamos um plano de tratamento de reabilitação com implantes para o paciente, ele fala: Nossa!! não achei que ficaria tão caro!

pergunto: Por que motivo ficou caro? Culpa do dentista, ou do paciente que deixou que a sua situação se tornasse insustentável? O engraçado é que na cintura ele ostenta um celular, cujo valor pagaria boa parte do seu tratamento. E relembro aos atentos, que uma escova, uma pasta e um fio dental custam muito pouco. No país, as pessoas trocam em média suas escovas a cada 18 meses, quando o indicado seria a cada 45 dias.

Depois de décadas, quando ele se conscientiza de que pode fazer implantes, não tem mais osso. Queixa-se então de ter que pagar pelo enxerto. Ou então protela a correção de uma cárie, e o dentista informa que terá que tratar o canal. Fica irado como se a culpa fosse do dentista, e não da sua negligência.

Irracionalmente procura por outro “orçamento” mais barato. E inevitavelmente encontra, pois a quantidade de dentistas por pessoa no Brasil é descomunal. Como é leigo, acredita na promessa, e tem certeza de que está fazendo um negócio “da China”, pagando mais barato.

Em média, 25% dos nossos pacientes chegam à Implantotal decepcionados com o tratamento que fecharam, e pagam “duas vezes” pelo mesmo tratamento. Afinal de contas, o que é caro e o que é barato?

Mas o maior desafio que enfrentamos é compreender o “estado emocional” dos pacientes, antes mesmo de iniciarem o tratamento. Tem alguns que possuem uma expectativa tão grande que é simplesmente impossível lhe agradar. Sonham em ter de fato uma terceira dentição que nunca existirá. Sonham com próteses provisórias perfeitas, que não machucam no começo e que não soltam da boca. Sonham com implantes que ficam prontos em 24 horas, esquecendo-se de que tem um tempo determinado por Deus para todas as coisas.

Enfim, cuidar da saúde bucal das pessoas é mais do que apenas ser dentista. É ser psicólogo, amigo, confidente, professor, pai, filho, irmão, humano.

Esse texto é uma homenagem aos profissionais cirurgiões-dentistas, que com dedicação, amor e obstinação cuidam da saúde e da cabeça dos seus pacientes.

Parabéns a todos nós!



IMPLANTOTAL

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