terça-feira, 28 de junho de 2011

Cirurgia Bucomaxilofacial


A cirurgia bucomaxilofacial ou mais corretamente, cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, é uma especialidade da odontologia, que se objetiva no tratamento dos traumas de face como também de complementar a atuação da Estomatologia (especialidade responsável pelo diagnóstico e tratamento de lesões bucais) proporcionando a resolução cirurgica de doênças do complexo maxilomandibular como também o tratamento de deformidades faciais (congênitos ou adquiridas)
Dentre as doenças maxilofaciais existem podemos citar: os tumores benignos e malignos, os cistos , as enfermidades provocadas por microorganismos (bactérias, fungos e vírus), e manifestações orais associadas a doenças sistêmicas como AIDS, tuberculose, sífilis, leishmaniose etc.
As deformidades faciais podem ocorrer como consequência de seqüelas de doenças como o câncer ou traumas severos ou também distúrbios do desenvolvimento, como as síndromes ou alterações das bases ósseas como o prognatismo (aumento dos maxilares), micrognatismo (diminuição dos maxilares) ou a combinação delas.
A cirurgia bucomaxilofacial é de âmbito ambulatorial ou hospitalar. Nos ambulatórios ou consultórios são exercidas cirurgias menores, na sua grande maioria sob anestesia local, onde são por exemplo removidos dentes erupcionados ou inclusos, pequenos tumores benignos ou pequenos cistos, lesões periapicais ou paradentais, implantes dentários, cirurgias pra adaptações protéticas entre outras. As cirurgias de grande porte são realizadas sob anestesia geral em ambiente hospitalar e demandam maiores cuidados. São as cirurgias de grandes tumores, fraturas faciais, cirurgias ortognáticas entre outras.
Dr. Francisco Pacca

Odontopediatria


A Odontopediatria é a especialidade pela qual a criança tem o primeiro contato com o dentista. O odontopediatra deve, portanto, empenhar-se na prevenção, educação e motivação para obtenção da saúde bucal do seu “pequeno” paciente.
A atuação inicia-se com a gestante, orientando-a quanto aos cuidados com a sua saúde bucal e a do bebê que está para chegar. Depois, deve prosseguir com o acompanhamento do bebê, desde o aparecimento dos primeiros dentinhos, continuando por toda a infância, até a adolescência, fazendo com que esse paciente chegue à vida adulta com um sorriso saudável, sem medo do tratamento odontológico.
O odontopediatra apresenta conhecimentos sobre as diversas fases do crescimento e desenvolvimento da criança, atuando em cada uma delas, sempre respeitando a individualidade e peculiaridades de cada paciente.
Os hábitos relacionados à saúde, quando estabelecidos na infância, são mantidos por toda a vida, por isso, quanto mais cedo o contato com o dentista, mais positiva será sua imagem, favorecendo a implantação das práticas odontológicas de forma rotineira, sem criar fobias na criança.
O odontopediatra atua na prevenção e tratamento da cárie dentária, doença periodontal (problemas de gengiva), hábitos bucais (uso prolongado de mamadeira e chupeta, sucção de dedo, respiração bucal, entre outros), alterações oclusais (de mordida), dieta e higiene oral do paciente. A abordagem da criança é feita interagindo-se com outras especialidades relacionadas: ortodontia/ortopedia funcional dos maxilares, pediatria, otorrinolaringologista, fonoaudiologia, psicologia, nutrição, obtendo-se assim uma visão completa do paciente.
O sucesso do tratamento depende de uma boa comunicação do odontopediatra com a criança e com o núcleo familiar, pois um vínculo de confiança mútua deve existir para que os ensinamentos do consultório sejam vividos no seu dia-a-dia, podendo assim crescer saudável e feliz!
Dra. Renata Egydio de Carvalho - Odontopediatra
    

Estomatologia (Diagnóstico das doenças bucais)


A Estomatologia é uma especialidade da Odontologia que tem como finalidade prevenir, diagnosticar e tratar as doenças que se manifestam na cavidade da boca e no complexo maxilo-mandibular. Também é atribuição do estomatologista estar atento para o diagnóstico, e o devido encaminhamento ao médico, de doenças sistêmicas que possam apresentar manifestação na boca ou que possam exercer alguma influência ou interação negativa com o tratamento odontológico.
Diferentemente de vários países da Europa, da América do Sul ou mesmo dos Estados Unidos, onde há muitas décadas a Estomatologia é exercida em sua plenitude, só a partir de 1992 que o Conselho Federal de Odontologia - CFO reconheceu a importância e a oficializou como uma especialidade da Odontologia, não obstante os esforços dos pioneiros da Estomatologia brasileira e da Sociedade Brasileira de Estomatologia.
Este reconhecimento tardou a ocorrer principalmente devido ao fato de que a Odontologia brasileira, durante muito tempo concentrou suas atenções quase que exclusivamente no órgão dental esquecendo-se da inter-relação deste com a cavidade da boca e desta com o todo.
Como uma especialidade nova, e ainda relativamente desconhecida, não se insinuou no ensino odontológico com a profundidade desejada, para formar odontólogos com uma real visão de medicina bucal. O resultado disto é que grande parte dos pacientes, com doenças bucais de diversas nosologias, ficam sem atendimento técnico-científico adequado pela falta de profissionais experientes na área.
Esta especialidade emergente surge num momento difícil da saúde pública brasileira, não só pela falta de gerenciamento mas, também, pela falta de educação para a saúde, saneamento básico, alimentação e muitos outros fatores importantes para a melhoria da qualidade de vida. Apesar de todas as dificuldades, a Estomatologia não pode fugir às suas responsabilidades pode e deve atuar de forma incisiva para a melhoria da saúde bucal da população.
Uma visão moderna dos profissionais da área médica é valorização da saúde e não da doença. Neste sentido, o estomatologista deve ter como metas para nortear as suas ações: a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças da boca e do complexo maxilo-mandibular.
Prevenir significa antecipar-se a ..., chegar antes de... etc. - a promoção da saúde e a proteção específica (prevenção primária) indiscutivelmente são as formas mais efetivas de prevenir os agravos a saúde. Em Estomatologia, a promoção da saúde pode ser conseguida através de ações educativas tentando-se mudar valores e comportamento do paciente. Assim, a orientação ao paciente quanto aos malefícios do fumo, álcool, exposição excessiva ao sol, da importância de uma boa higiene e saúde bucal, da integridade dos elementos dentais e aparelhos protéticos, os benefícios da alimentação balanceada, orientações quanto a importância e técnica de auto-exame são alguns exemplos que se levados a efeito podem evitar o aparecimento de inúmeras doença.
Para viabilizar-se o diagnóstico precoce é necessário algum esforço do profissional no sentido de criar oportunidades para esse objetivo. Em outras palavras, o profissional, principalmente o estomatologista, ao abordar o seu paciente deve preocupar-se inicialmente em constatar a normalidade, e diante de qualquer alteração implementar a metodologia clínica necessária para o equacionar do diagnóstico. Desta forma ele estará criando oportunidades para que uma das metas mais importantes na área da saúde seja atingida - o diagnóstico precoce - o que determinará ações terapêuticas mais eficientes e com um menor custo.
A Estomatologia é uma especialidade que exige daquele que a ela se dedica, um estudo contínuo das bases científicas inerentes a sua atuação, desenvolvimento do raciocínio lógico, senso crítico, além de oferecer uma oportunidade para se cultuar os valores humanísticos que sempre deve ser exaltado na relação profissional-paciente.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Dentaduras - Problemas com dentadura

Problemas com dentaduras incluem o fato que as pessoas não estão habituadas a ter algo na boca que não seja comida. Desta forma, o cérebro sente a presença da dentadura como se tivesse alimento na boca, e envia mensagens às glândulas salivares para produzir mais saliva. 
Dentaduras novas também são causa inevitável de feridas, uma vez que elas geram atrito e pressionam a mucosa. Alguns ajustes na dentadura nas semanas seguintes à sua colocação podem resolver esse problema.
Outro problema com dentadura é mantê-la no lugar, não importa o quão bem feita ela seja. Isso porque o melhor que o dentista pode fazer é fabricar uma dentadura superior que trabalhe em harmonia com a inferior quando o paciente está em repouso. Porém, quando há mastigação, a dentadura não fica livre de desajustes. Adesivos para fixar dentadura podem ser utilizados para atuar contra as forças que tentam empurrar a base da dentadura para fora da mucosa.

Pouca saliva faz aumentar número de cáries

Um dos fatores diretamente associados ao aumento de cáries é o baixo fluxo de saliva. Essa relação acaba de ser comprovada em um estudo realizado na Universidade de Brasília (UnB) por Soraya Leal, professora do Departamento de Odontologia (ODT) da instituição.
“A literatura científica mundial demonstra uma certa inconclusão sobre a relação da saliva com as cáries”, disse Soraya à Agencia FAPESP. “Por conta disso, resolvemos mostrar essa relação na prática, por meio de análises laboratoriais em 60 crianças”, explica. Das 35 crianças que não tinham cárie, todas apresentavam fluxo salivar entre normal e alto. Em contrapartida, as outras 25 que tinham dentes cariados apresentaram pouca saliva.

Os pesquisadores fizeram ainda uma revisão sistemática, por meio de bancos de dados na internet, de artigos sobre o assunto publicados em revistas científicas internacionais. “Com base em 70 trabalhos científicos concluímos que a probabilidade de o indivíduo apresentar cárie é bem maior quando a produção de saliva é menor do que 1 mililitro por minuto”, afirmou Soraya.
O estudo da UnB também verificou a relação da cárie com o pH da saliva. Nas crianças que apresentavam pH salivar neutro, entre 6 e 7, o problema não foi identificado. Entretanto, as cáries foram mais freqüentes em crianças que apresentavam uma saliva mais ácida, com pH menor que 5.
Soraya explica que para manter estável o fluxo de saliva na boca e evitar o Streptococcus mutans, bactéria causadora das cáries, o indivíduo precisa ingerir bastante água. Outra opção é a ingestão de alimentos sólidos. Como mastigá-los requer um esforço maior das glândulas salivares, a produção de saliva acaba aumentando.

“Existem alimentos, no entanto, que fazem com que o Streptococcus mutans prolifere bem mais rápido. E como a maior parte das pessoas já sabe, o açúcar é o grande vilão das cáries”, alerta a pesquisadora. Segundo ela, por ser um componente natural da boca, a saliva é o primeiro defensor contra a cárie, devido às suas propriedades antimicrobianas. "Se o fluxo salivar cai, o pH também diminui. E o pH da saliva é responsável pelo controle dos minerais do dente." 

Estética dental

A estética dental tem ganho cada vez mais importância na vida das pessoas e atualmente deixou de ser um privilégio dos ricos e famosos. Um sorriso branco e perfeito já virou sinônimo de saúde, simpatia até de confiabilidade. Já é fato comum políticos recorrerem à estética dental para passar uma imagem mais amigável e confiável.
Porém, a estética dental não está restrita a artistas e políticos. Cada vez mais pessoas têm recorrido à estética dental para aumentar sua auto-estima e até melhor seu relacionamento social. 
Muitas pessoas com dentes escurecidos e problemas na arcada dentária perdem a auto-estima e até podem ficar com vergonha de sorrir e ter problemas de relacionamento interpessoal por causa disso. Com a evolução das técnicas, a estética dental está cada vez mais popular e acessível a um público maior.
Dentre as aplicações mais comuns da estética dental encontram-se o clareamento e a correção do posicionamento dos dentes. Os sistemas de tratamento utilizam desde aparelhos fixos e removíveis até técnicas mais avançadas de clareamento dental a laser. 
Porcelanas e resinas compostas tiveram um papel importante na evolução da estética dental, pois com a atual variedade de cores desses materiais pode-se chegar bem próximo de um dente natural.

Açaí contra placas dentárias

A abundância do açaí na região ajudou bastante. Mas foi a observação empírica feita pela dentista paraense Danielle Emmi com os consumidores do alimento que se mostrou decisiva.
Após perceber que o fruto deixava o esmalte dos dentes coloridos por um determinado período de tempo, a pesquisadora resolveu estudar melhor aquilo que prometia ser um potente corante natural para os dentes. Os resultados, após alguns anos de estudo, mostraram que as suspeitas iniciais estavam certas.

“O açaí mostrou ser um eficaz evidenciador de placas dentárias”, explica Danielle à Agência FAPESP. Para aderir às bactérias da placa, os pesquisadores adicionaram ao corante concentrado feito com açaí uma substância específica para esse fim. “Em comparação com os corantes sintéticos utilizados hoje no mercado, a eficácia do corante natural chegou a ser 90% superior”, afirma.
O trabalho, orientado pela professora Regina Feio Barroso, do Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), acaba de ser defendido em forma de dissertação de mestrado na mesma instituição. Desde os tempos da graduação Danielle se dedica aos corantes.
“No nosso estudo também fizemos a mesma comparação a partir de um corante feito do urucum. Esse produto também se mostrou viável, mas, em termos de eficácia, ficou atrás dos sintéticos”, explica Danielle.

Ao lado da facilidade para obter o corante de açaí, devido à abundância da matéria-prima e à simplicidade dos processos bioquímicos de extração, o produto, segundo a dentista, também não causa nenhum tipo de efeito colateral, ao contrário do que pode ocorrer com os produtos sintéticos. “Existem relatos de que o uso desse segundo grupo pode desencadear rinite, urticária ou complicações gástricas”, conta.

Enquanto toda a parte clínica do corante foi feita pelos estudantes de odontologia da UFPA, que testaram a eficácia sobre as placas bacterianas de pacientes, a parte laboratorial de desenvolvimento do produto foi feita na Embrapa Amazônia Oriental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. A bioquímica Fátima Nazaré cuidou das pesquisas nessa segunda fase.

“O corante já foi patenteado tanto no Brasil como no exterior”, explica Danielle. Tanto a UFPA como a Embrapa serão beneficiárias de eventuais dividendos obtidos com o corante de açaí para placas dentárias. “O objetivo a partir de agora é passar a comercializar o produto que já está pronto”, diz a pesquisadora.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Enxaguante bucal

O uso de enxaguante bucal
As crianças devem passar longe dos enxaguantes bucais dos adultos. Existem produtos que são especialmente desenvolvido para crianças, já que o dos adultos contém uma alta concentração de flúor e outros produtos que não devem ser ingeridos pelos pequenos.
É só a partir dos três anos de idade que a criança começa a aprender como cuspir. Porém, os pais não devem se atentar apenas à idade para decidir introduzir o uso dos enxaguantes bucais. As habilidades e coordenação da criança devem ser levadas em conta, já que algumas têm maior dificuldade para cuspir o líquido. Muitas vezes eles engolem propositalmente os enxaguantes que costumam ter gostos artificiais que seduzem os pequenos.
Caso haja a necessidade do uso de bochechos para crianças pequenas, os odontopediatras sugerem os produtos infantis aplicados com cotonete sobre a superfície dos dentes, assim, não há o risco de ingerir todo o líquido colocado na boca.

Alternativa para o flúor

O flúor é, sem dúvida, a substância mais utilizada no combate contra as cáries. Porém, alguns especialistas alertam para o perigo da combinação do teor de flúor da água com o dos cremes dentais comuns, que muitas vezes é ingerido pelas crianças durante a escovação, e pode levar à fluorose dental.
No mercado, pode-se encontrar alguns produtos que apresentam alternativas para o flúor, com a mesma função de combate às cáries, como a clorexidina, xilitol e a malva.
Segundo a Dra. Christiana Murakami, a clorexidina está presente em alguns enxagüatórios bucais e em formas de aplicação profissional, isto é, pelo dentista. Ela é bactericida, mata e diminui a quantidade de bactérias.
O xilitol, um adoçante natural encontrado em plantas, é um outro aliado no combate às cáries, pois tem capacidade de reduzir a incidência da doença, inibindo o crescimento da bactéria que causa a cárie. A substância é utilizada em produtos como chicletes e pastas de dente infantil.
“Outra substância presente em algumas pastas de dente e enxagüatórios é a malva, que possui principalmente um efeito antiinflamatório sobre a gengiva, porém, não possui efeito comprovado sobre as bactérias que causam a cárie”, diz a dentista.
É importante lembrar que essas sustâncias alternativas, assim como o flúor, não devem ser utilizadas sem a orientação de um profissional, pois se ingeridas em excesso podem prejudicar a saúde das crianças.

A Gestante no Dentista

As futuras mamães podem, e devem, cuidar dos seus dentes, independente do período de gestação. O dentista irá decidir quais procedimentos podem ser realizados e em qual período. É importante que a gestante com necessidade de tratamento procure o dentista logo no começo da gestação, para que o dentista decida o momento e o procedimento mais oportuno. Normalmente, esse momento é no segundo trimestre da gestação, período de maior estabilidade da mamãe e do bebê.
O nível de saúde bucal da mãe tem relação com a saúde bucal da criança. Portanto, hábitos saudáveis de higiene bucal e uma boa alimentação devem ser adotados desde a gravidez. Para ter uma alimentação equilibrada, a gestante deve evitar a adição de açúcar, já que o açúcar natural dos alimentos é suficiente para a saúde da gestante e o do bebê.
Aquela história que durante a gravidez os dentes da mãe ficam mais fracos e apresentam problemas não têm nenhum fundamento. O aparecimento de cárie nesse período está relacionado apenas à mudança da dieta da gestante, mas de nenhuma forma à gravidez em si. Com uma dieta balanceada e uma boa higiene bucal, os dentes da mãe e os do bebê não serão prejudicados.

Sorriso perfeito começa na infância

Maus hábitos durante a infância podem prejudicar o rosto das crianças
Desde a infância, a preocupação que deve existir com a formação futura das arcadas dentárias é imprescindível. Na maioria dos casos, o uso de chupetas, mamadeiras, sucção de dedos, mordiscamento persistente de objetos e apertamento nos dentes são hábitos nocivos que podem interferir profundamente no crescimento da face e na correta disposição dos dentes.
As crianças, em sua fase de crescimento, adotam ou geram esses hábitos, os quais podem ter grande influencia e predispor, de forma severa, a ter "dentes tortos" (mal posicionados nas arcadas). "Para tal fato, deve existir uma rigorosa observação e preocupação por parte dos pais e devem ser tomadas iniciativas de tratamento precoce, ainda na idade pré-escolar, de 3 a 6 anos", adverte o Dr. Gerson Köhler, especialista em Ortopedia Facial e Ortodontia.
Além de fatores como o excesso de sucção (chamada de sucção não nutritiva), os hábitos como uma posição inadequada ao dormir, questões posturais do corpo - principalmente da cabeça e pescoço - ou até dificuldades respiratórias, podem ter grande influencia à formação incorreta das arcadas e repercussões danosas também sobre a beleza do rosto. "O padrão da qualidade respiratória é considerado, hoje, a chave do crescimento normal da face humana. Se existir algum desequilíbrio da função muscular por causa da respiração inadequada (feita pela boca e não pelo nariz), podem ser causados sérios desvios do crescimento ósseo maxilar e mandibular", explica Köhler.
Fora isso, o cuidado que deve existir não é apenas com as funções do corpo, mas também com problemas futuros que os maus cuidados podem trazer à criança. "Além da má formação, outros fatores que podem ser ressaltados são relacionados à auto-imagem e a auto-confiança. Se não existir um cuidado, esses desvios podem gerar um desfiguramento progressivo da face, mesmo por que o rosto é a área corporal mais suscetível a deformações, e, assim, deixar a criança refém de brincadeiras de mau gosto feitas pelos colegas", conta o Professor Gerson.
Dentre todas, o melhor é não arriscar e procurar tratamento especializado em idade precoce para seus filhos. "O certo é iniciar os cuidados já a partir dos três anos de idade, o que não significa o uso imediato de aparelhos corretivos", finaliza Gerson.

Sorriso perfeito começa na infância

Maus hábitos durante a infância podem prejudicar o rosto das crianças
Desde a infância, a preocupação que deve existir com a formação futura das arcadas dentárias é imprescindível. Na maioria dos casos, o uso de chupetas, mamadeiras, sucção de dedos, mordiscamento persistente de objetos e apertamento nos dentes são hábitos nocivos que podem interferir profundamente no crescimento da face e na correta disposição dos dentes.
As crianças, em sua fase de crescimento, adotam ou geram esses hábitos, os quais podem ter grande influencia e predispor, de forma severa, a ter "dentes tortos" (mal posicionados nas arcadas). "Para tal fato, deve existir uma rigorosa observação e preocupação por parte dos pais e devem ser tomadas iniciativas de tratamento precoce, ainda na idade pré-escolar, de 3 a 6 anos", adverte o Dr. Gerson Köhler, especialista em Ortopedia Facial e Ortodontia.
Além de fatores como o excesso de sucção (chamada de sucção não nutritiva), os hábitos como uma posição inadequada ao dormir, questões posturais do corpo - principalmente da cabeça e pescoço - ou até dificuldades respiratórias, podem ter grande influencia à formação incorreta das arcadas e repercussões danosas também sobre a beleza do rosto. "O padrão da qualidade respiratória é considerado, hoje, a chave do crescimento normal da face humana. Se existir algum desequilíbrio da função muscular por causa da respiração inadequada (feita pela boca e não pelo nariz), podem ser causados sérios desvios do crescimento ósseo maxilar e mandibular", explica Köhler.
Fora isso, o cuidado que deve existir não é apenas com as funções do corpo, mas também com problemas futuros que os maus cuidados podem trazer à criança. "Além da má formação, outros fatores que podem ser ressaltados são relacionados à auto-imagem e a auto-confiança. Se não existir um cuidado, esses desvios podem gerar um desfiguramento progressivo da face, mesmo por que o rosto é a área corporal mais suscetível a deformações, e, assim, deixar a criança refém de brincadeiras de mau gosto feitas pelos colegas", conta o Professor Gerson.
Dentre todas, o melhor é não arriscar e procurar tratamento especializado em idade precoce para seus filhos. "O certo é iniciar os cuidados já a partir dos três anos de idade, o que não significa o uso imediato de aparelhos corretivos", finaliza Gerson.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estimulando a escovação

Para que a criança se interesse pelo cuidado com a higiene bucal, o que é absolutamente importante, o momento de escovar o dente deve torna-se interessante, e não mais uma chata obrigação. E para isso, o que vale é a paciência dos pais, aliada às instruções dos odontopediatras.
Em primeiro lugar, os pequenos precisam entender porque é tão importante manter a boca limpinha. Conversas e até livros infantis que tratam do assunto podem ajudar a despertar o interesse da criança.
Outro ponto importante é ensinar a criança a escovar os próprios dentes e elogiar o seu desempenho sempre que ela mostrar esforço para fazer o melhor.
A Dra. Silvia Chedid, consultora da Associação Brasileira de Odontologia, estimula os pais a fazerem sua higiene bucal na frente da criança para que ela entenda que este é um procedimento comum e procure aprender imitando. “Normalmente, quando um menino o pai fazendo a barba na sua frente ele se sente interessado em fazer o mesmo. O estímulo à escovação acontece da mesma forma”, garante a doutora.

Escolhendo o creme dental

CREMES DENTAIS COM POUCO FLÚOR INDICADOS PARA CRIANÇAS SÃO INEFICIENTES

Alguns anos atrás, o mercado lançou cremes dentais com baixa concentração de flúor, indicados para crianças, a fim de evitar o acúmulo de flúor no organismo dos pequenos, o que causa a fluorose, aquelas manchinhas brancas nos dentes. 
Recentemente, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que os cremes dentais com baixa concentração de flúor não são tão eficientes contra as cáries, além de não evitar a fluorose.
A tese de mestrado desenvolvida por Regiane Cristina do Amaral estudou 14 voluntários que usaram um aparelho com fragmentos de dente de leite e fizeram uso de cremes dentais com maior e menor concentração de flúor, além de consumirem diferentes taxas de açúcar por dia. O resultado da pesquisa foi que quanto maior a exposição ao açúcar, menor o efeito protetor do creme com pouco flúor.
O presidente da ABO - Sociedade Brasileira de Odontopediatria, Dr. Paulo Rédua, defende a mesma ideia da pesquisa de que mesmo crianças pequenas devem usar pasta com flúor. “Existe uma interpretação errada quando se fala que creme dental causa fluorose. O que causa fluorose é excesso de flúor ingerido pela criança sem controle dos pais. Creme dental é para ser usado na quantidade certa, sob recomendação do odontopediatra e sob supervisão de adulto”, ensina o especialista.
A ABO, assim como o Ministério da Saúde, recomenda o uso de creme dental convencional com flúor a partir da erupção dos primeiros molares decíduos (em torno de 14 meses), na quantidade equivalente a um grão de arroz, sob supervisão dos pais, entre uma a três vezes por dia, dependendo da disponibilidade dos pais. Antes desta idade, com a presença apenas dos dentes anteriores, a recomendação é que a limpeza seja feita com fralda ou gaze umedecida em água pura.
Existe no mercado alguns cremes dentais que, ao invés de flúor, utilizam produtos como a clorexidina, o xilitol e a malva. Segundo o Dr. Paulo Rédua, o creme dental com xilitol tem capacidade de tratar e prevenir a carie, mas tem um custo mais alto e precisa de mais pesquisas. A malva tem ação antiinflamatória e antimicrobiana, mas também carece de mais estudos. Já a clorexidina é indicado para casos específicos de risco de cárie, porém, esse produto pode causar o aparecimento de manchas externas nos dentes. A recomendação da Associação Brasileira de Odontopediatria é que os pais procurem orientação de um odontopediatra para o profissional avaliar as necessidades individuais da criança e determinar o tratamento curativo ou preventivo.
Dicas
Se você adota ou adotava um procedimento diferente do apresentado neste artigo e deseja mudar, antes consulte o médico do seu filho e peça orientações. Como dito, cada indivíduo pode ter uma necessidade diferente de outro.
A quantidade de creme dental comum (com concentração de flúor de 1.500 partes por milhão) que deve ser utilizada pela criança que ainda não sabe cuspir deve ser a do tamanho de um grão de arroz.

Aprendendo a escovar os dentes

É bom motivar e ensinar a criança a escovar os próprios dentes e passar o fio dental para que ela desenvolva um sentimento de responsabilidade pela sua saúde oral. Porém, até os seis anos de idade, a criança não tem coordenação nem habilidade suficiente para realizar uma escovação eficaz. Até ela ficar craque, um adulto precisa estar sempre por perto na hora de escovar os dentes.
Em primeiro lugar a criança precisa aprender a dividir corretamente o tempo de escovação dos dentes e fazer o movimento durante 10 segundos em cada grupo de dois dentinhos.
Existem várias técnicas para ensinar as crianças a escovar o dente. A Dra. Christiana Murakami ensina uma técnica chamada Fones, que envolve três movimentos básicos: trenzinho, bolinha e vassourinha.
“Nas superfícies oclusais dos molares (aonde mordemos, nos dentes de trás) fazemos o trenzinho, um movimento de vai-e-vem pegando de 2 em 2 dentes e sempre contando até 10. Em seguida fazemos a bolinha, movimentos circulares nas superfícies vestibulares (na parte “de fora” dos dentes, que fica voltada para os lábios) sempre pegando o dente e a gengiva para prevenir a gengivite. Por último fazemos a vassourinha, movimento de varrer, partindo da base do dente perto da gengiva e indo “para cima” e em direção a bochecha nas superfícies linguais (face do dente que fica ao lado da língua nos dentes de baixo e voltada para o céu da boca nos dentes de cima)”.
Quando terminar todos os dentinhos, a criança deve escovar a parte superior da língua e passar o fio dentel, que também ajuda a abrir o espaço entre os dentes para as cerdas da escova penetrarem melhor.
O fio dental serve para limpar os lugares que a escova não consegue alcançar. “Mesmo em crianças que têm os dentes de leite bem espaçados, a escova não consegue limpar dos ladinhos e é essencial passar o fio dental nas faces laterais dos dentes fazendo um movimento de esfregar, parecido com o de engraxar sapatos ou de secar as costas com a toalha”, alerta.

A escolha da escova ideal

A escolha da escova de dente é outro ponto muito importante, que merece toda a atenção dos pais. Se uma criança de cinco anos usar a escova de um adulto, que normalmente é tamanho 35, a escova não vai caber na boca e vai machucar a criança.
As escovas de dente infantis têm vários tamanhos, que variam de acordo com a dentição e a etapa de crescimento da criança. As escovas dentais para bebês são colocadas no dedo da mãe para facilitar a escovação. Um outro tipo de escova é especialmente desenvolvido para o primeiro estágio dos "dentes de leite", que vão dos seis meses de idade aos dois anos e meio, quando a criança já apresenta todos os dentinhos na boca. Há ainda um terceiro modelo de escova infantil para crianças com dentição mista, quando os dentes de leite caem e começam a erupcionar os dentes permanentes, a partir dos 6 anos de idade até os 12 anos.
Também é preciso ficar atento ao modelo da escova. “Normalmente usamos a mais simples, com cerdas macia e do mesmo tamanho”, ensina a odontopediatra Bruna Montecchi.
Já as escovas automáticas, são contra-indicadas para os pequenos. “Não é aconselhável, pois as escovas automáticas atrapalham no aprendizado da técnica de escovação, além do que, é menos eficaz que uma escovação manual”, alerta a dentista. Ela explica que com escovas automáticas é comum a criança escovar um pequeno grupo de dentes, normalmente os anteriores, uma vez que, a cabeça da escova é muito grande e não cabe na parte posterior da boca.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O primeiro dentinho

Muitos pais sentem-se perdidos quando nasce o primeiro dentinho da criança, pois acreditam que o bebê está sentindo dor, sofrendo. Para o alívio dos pais, odontologistas garantem que o nascimento dos dentinhos não dói. O que acontece é apenas um incômodo devido à presença daquela novidade na boca da criança.
Nessa fase, a criança tende a levar mais coisas na boca devido a esse incômodo, e por isso muitas vezes essas crianças tem episódios de febre baixa, diarréia ou outros probleminhas. Essas reações do corpo não estão relacionadas ao nascimento do dente, mas sim às coisas que as crianças levam à boca.
Dessa forma, a mãe deve estar vigilante nessa fase impedindo que o bebê queira “morder” tudo o que vê pela frente. O ideal é oferecer para os bebês mordedores esterilizados, ou pelo menos desinfetados, para diminuir a possibilidade de ocorrência desses probleminhas.

As fases de crescimento dos dentes

O crescimento dos dentinhos
É importante que os pais saibam que os dentes começam a se formar já no útero materno, inclusive os permanentes, e continuam sua formação após o nascimento da criança. Segundo o Dr. Fausto Medeiros Mendes, professor de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da USP, isso significa que uma infecção durante a gestação ou no primeiro ano de vida da criança pode causar um defeito de formação nos dentes de leite ou permanentes.
Nem toda criança que tem uma infecção terá um defeito de formação, mas o risco é aumentado. “Esse problema de formação dos dentes geralmente não é grave, mas a mãe deve ficar atenta porque isso pode aumentar a chance daquele dente ter cárie ou sensibilidade a doces e ao frio”, diz o professor. Por isso qualquer problema durante a gestação ou no primeiro ano de vida da criança deve ser relatado ao dentista.
As mães também devem lembrar que a amamentação natural, ou seja, no peito, durante o primeiro ano de vida é fundamental para a prevenção de muitas das más oclusões. Além da importância afetiva e nutricional, o exercício muscular durante a sucção no seio favorece a respiração nasal e previne grande e parte dos problemas de posicionamento incorreto dos dentes e das estruturas faciais.
O Dr. Fausto explica que os dentes de leite anteriores nascem entre seis e 12 meses de vida, e entre 18 e 36 meses nascem os dentes de leite posteriores. Essa fase é o da dentição decídua, onde apenas dentes de leite estão presentes na boca. Esses dentes de leite vão começar a cair por volta dos seis anos de idade, e os dentes permanentes anteriores vão nascer no lugar.
Por volta dos 6 anos, é importante a mãe ficar atenta ao aparecimento do primeiro molar permanente que nasce atrás dos molares decíduos, sem que nenhum dente de leite caia. Esse dente é muito suscetível ao desenvolvimento de cárie. Essa troca de dentes de leite por dentes permanentes vai ocorrer até por volta dos 11 anos. Nessa fase em que estão presentes na boca tanto dentes de leite como dentes permanentes é chamada de dentição mista.
Por volta dos 12 anos, os últimos dentes de leite caem, nascem os permanentes no lugar e também nasce o segundo molar permanente, atrás do primeiro molar permanente. Esse dente também nasce sem que um dente de leite caia. Quando não tiverem mais dentes de leite na boca, a fase é chamada de dentição permanente. Essa fase só irá se completar por volta dos 18 anos quando aparecerem na cavidade bucal os terceiros molares permanentes, também conhecidos como dentes do siso ou dentes do juízo.

Alimentos de risco

Infelizmente, os alimentos mais apreciados pela criançada são os chamados “cariogênicos”, ou seja, contém açúcar e causam cárie.
Quando comemos alimentos açucarados, as bactérias da placa bacteriana se alimentam desse açúcar e, depois de ingeri-lo, liberam um ácido no dente que causa a cárie. Isso significa que temos que tomar muito cuidado com tudo o que as crianças comem.
“Todos os alimentos e bebidas que contêm sacarose causam cárie, desde a cana de açúcar até balas, chicletes, pirulitos, brigadeiros, bolachas recheadas, danoninho, refrigerantes, sucos, achocolatados, entre outras guloseimas”, afirma a odontopediatra Christiana Murakami. Além destes, outros alimentos como salgadinhos que contêm amido e o mel também podem causar cárie, pois também podem ser metabolizados pelas bactérias.
Com relação aos alimentos cariogênicos, é importante considerar dois fatores: a freqüência de ingestão e a consistência do alimento. “Ao invés de comer um doce agora, dali a um tempo comer outro e dali a pouco comer mais outro, é melhor que a criança coma todos os doces que quer em um momento do dia, como depois do almoço, e depois escove os dentes”, sugere a especialista.
“O pirulito, o chiclete e a bala permanecem por muito tempo na boca da criança, deixando o pH da saliva ácido por muito tempo, ‘matando’ todas as bactérias boazinhas e deixando só as bactérias cariogênicas fazendo a festa com o açúcar”, conta a Dra. Cristiana.
Uma forma eficiente de combater as cáries é comer alimentos açucarados apenas durante as principais refeições, já que as crianças escovam os dentes depois. E nos intervalos, dê à criança alimentos não cariogênicos como as frutas, queijos e iogurtes não adoçados.
Se a criança ingerir açúcar, especialmente mais pegajosos que ficam grudados no dentes como balas e caramelos, e não puder fazer a escovação depois, é recomendado fazer um bochecho com água para diminuir a ação do açúcar nos dentes.
Uma curiosidade é que pesquisas mostram que alguns alimentos como o queijo e o amendoim aumentam o pH da boca e podem ajudar um pouco a diminuir o risco de ter cárie. “Porém, não devemos basear a dieta da criança somente nestes alimentos e é importante lembrar que a higiene oral adequada é o fator mais importante e essencial para se evitar a cárie”, alerta.

Traumatismo dentário

Durante a infância é comum que as crianças, que levam milhares de tombos aprendendo a andar, correndo, brincando e andando de bicicleta, acabem batendo os dentes. Por isso, os pais devem saber como proceder no caso de um acidente para conseguir “salvar” o dente ou, pelo menos, diminuir o estrago.
No caso de pancadas, pode haver a fratura de uma parte ou a perda total do dente. A Dra. Silvia Chedid, consultora em Odontopediatria da ABO (Associação Brasileira de Odontologia), alerta para a importância de procurar um especialista o mais rápido possível nesses casos de emergência. “Nestas situações, os pais SEMPRE são orientados a procurar um dentista”.
O traumatismo pode afetar o dente de leite, ocasionando o seu amolecimento e comprometendo a dentição permanente. Em muitos casos, o dano é muito maior do que aparenta, por isso, um profissional deve avaliar a lesão através de radiografias. O dente pode começar a escurecer só dois ou três dias depois do acidente, o que é um indício da perda da vitalidade do dente.
A consultora ensina que se houve fratura ou perda total do dente, os pais devem tentar conservá-lo em leite, soro fisiológico ou, se a criança for mais madura, conservá-lo sob a língua até chegar ao dentista, que tomará as providencias. Neste último caso, a criança deve ser bem orientada a tomar o cuidado de não engolir o dente ou o fragmento.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Os perigos da má higienização

Quando falamos da importância de escovar bem os dentes, a primeira coisa que vem à cabeça é, certamente, as cáries. Porém, o problema vai muito além das cáries!
Se a higiene oral é mal feita, pode causar uma série de problemas que vai se complicando e, conforme a gravidade, pode resultar na perda do dente. “A má higienização pode causar um acumulo excessivo de placa bacteriana que, além de cárie, causa tártaro resultando em uma inflamação  na gengiva. Com o passar do tempo esta inflamação pode se tornar uma periodontite ou até mesmo a perda de um dente”, alerta a especialista Bruna Montecchi.

Cárie de Mamadeira

A Cárie de Mamadeira
A cárie de mamadeira é uma doença que acomete os bebês e está relacionada principalmente à ingestão de líquidos açucarados durante a noite. Ou seja, aquela história de que não devemos dormir sem escovar os dentes também vale para os pequeninos.
Depois da mamada, o leite fica estagnado na boca da criança. Além disso, a salivação da criança diminui durante o sono. Esses fatores, associados a uma má higiene da boca, fazem com que a cárie se desenvolva muito rapidamente, causando grandes estragos nos dentes das crianças.
Para evitar isso, é importante que a mãe não adicione açúcar ao leite da mamadeira e evite que a criança durma logo depois de mamar. Deve-se ainda escovar o dente da criança depois de cada mamadeira, e antes de dormir a escovação deve ser reforçada com um pouco de pasta de dente, já que o período da noite é o mais crítico para o surgimento de cáries. Com o tempo, a mamadeira deve ser substituída gradativamente por líquidos no copo.

Higiene bucal mesmo sem os dentinhos

Engana-se a mamãe que acha que deve se preocupar com a limpeza da boca e dos dentes do bebê só depois que os dentinhos surgem na boca. Pior ainda são as mães que acham que dentes de leite não precisam de cuidados, pois têm vida curta.
Espero que 99,9% dos pais não pensem dessa forma. Os dentes de leite são sim importantes e merecem todo o cuidado. São eles que guiam o nascimento dos dentes permanentes, que abrem os espaços para a dentição posterior e são essenciais para uma boa mastigação e para a fala.
A saúde dos primeiros dentinhos motiva a saúde dos dentes permanentes.
Os primeiros dentes nascem ao redor do sexto mês de vida, mas a limpeza da boca deve começar antes, com uma gaze ou fralda molhada em água filtrada, passe por toda a boca da criança, limpando gengiva, bochechas e língua.
Assim, desde pequenina a criança se acostuma com a intervenção na boca, não dando trabalho quando começar a ir ao odontopediatra e com hábitos orais corretos.
Fase pré-escova - Cada idade tem um jeitinho de fazer a limpeza da boca do bebê. Logo que os dentinhos nascem, a gaze ou fralda é substituída por uma dedeira. Da dedeira, a escova de dente infantil já é recomendada. O fio dental é recomendado assim que os primeiros dentes surgem.
O uso de creme dental só deve ser usado sob orientação do odontopediatra, que indicará quando e qual creme usar, já que para os pequenos não pode conter flúor devido à imaturidade da deglutição - a criança ainda não está suficientemente preparada para engolir todo o flúor que, em excesso, pode fazer mal à saúde dos dentes permanentes.
Cárie de mamadeira - Existe um mal que acomete cerca de 60% das crianças de até três anos de idade e que pode ser evitada com algumas atitudes: a cárie de mamadeira, provocada principalmente pela alimentação noturna da criança (seja o leite materno ou não) seguida do sono sem a devida higienização.
A saliva tem uma ação protetora dos dentes e ajuda a manter a boca limpa, mas durante o sono, a quantidade de saliva diminui, favorecendo a rápida instalação da cárie.
A cárie de mamadeira provoca muita dor e ataca todos os dentes da criança em um curto espaço de tempo, provocando mau hálito, deficiência na mastigação e na fala, além de ficar com uma estética feia. Se a mamãe observar manchas brancas opacas nos dentinhos do seu filho, leve imediatamente ao dentista. Essa machinha é o início da cárie.
Outros fatores que provocam a cárie de mamadeira são o uso excessivo de açúcares na alimentação da criança e o hábito que algumas mamães têm de adoçar a chupeta para acalmar o bebê e fazê-lo dormir.
Como a cárie é ima doença infecciosa, isto é, passa de pessoa para pessoa, evite assoprar a comida da criança, dividir o mesmo talher ou beijar a sua boca, pois se estiver com cárie, pode contagiar a criança.
A boa higienização oral desde bebê é um bom começo para uma dentição saudável no futuro.
Dicas
O nenê não tem dentinho, mas nem por isso devemos esquecer de higienizar a boca dele. A alimentação noturna deve ser retirada até os doze meses de vida para evitar a cárie de mamadeira.
Caso a criança se alimente à noite, a mamãe deve fazer a higienização da boca da criança mesmo que esta esteja dormindo.
Leve a criança ao dentista a cada seis meses, a partir dos seis meses de vida da criança para a prevenção de cáries.
Bruno Rodrigues

Escova de dentes especial para quem usa aparelho fixo

Quem usa aparelho fixo nos dentes sabe muito bem as duas alegrias que eles podem trazer, a primeira alegria é quando colocamos, afinal até que fica bonitinho a boca com um belo sorriso metálico, e a outra alegria é a hora de tirar, pois além do aparelho fixo incomodar bastante, seja para se alimentar ou fazer a higiene bucal, não existe escova de dentes que aguente mais que algumas semanas.
E por falar em escova de dentes, eu comprei uma escova alguns dias atrás que vou ser sincero, deixou muito a desejar, isso por que ela acabou soltando as cerdas, e desde ajudar na limpeza acabou atrapalhando, pois depois tive que ficar removendo as cerdas que ficaram presas no meu aparelho fixo, até parecia que eu havia chupado manga, devido a quantidades de fios que ficaram entre os meus dentes e o aparelho.
Sendo assim, o melhor a fazer no momento de comprar uma escova de dentes é ler atentamente as informações na embalagem da escova de dentes, pois segundo um amigo me informou, existem escova de dentes especiais para quem utiliza aparelho ortodôntico fixo como é o meu caso e de muitos brasileiros, pois essas escovas de dentes especiais, seriam mais firmes o que facilitaria a higiene dos dentes e não soltaria as cerdas assim como as escovas de dentes comum fazem.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Auto-exame

É uma técnica simples que pode ser feita em casa, bastando que se tenha um espelho e se esteja num ambiente bem iluminado. A finalidade deste exame é identificar lesões precursoras do câncer de boca, uma doença curável se tratada logo início.

Fique diante do espelho em um lugar bem iluminado, para localizar qualquer alteração em sua região bucal, como: diferenças na cor da pele e mucosas, endurecimentos, caroços, feridas, inchaços, áreas dormentes, dentes quebrados ou amolecidos e ferida rasa, indolor e avermelhada. Se for tratado no início, o câncer bucal é curável. 


Como fazer o auto-exame da boca


 pessoas que usam próteses (dentadura) precisam retirá-las antes de começar o exame;
 de frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço. Preste atenção em qualquer sinal que não tenha notado antes. Apalpe suavemente, com a ponta dos dedos, todo o rosto;
 puxe, com os dedos, o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa). Depois, repita o mesmo procedimento com o lábio superior, puxando-o para cima;
 com a ponta do dedo indicador, afaste a bochecha, para examinar sua parte interna. Repita com o outro lado de bochecha;
 com a ponta do dedo indicador, sinta toda a gengiva na região superior e inferior, verificando se encontra alguma anormalidade;
 coloque o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procure apalpar todo o assoalho da boca;
 vire a cabeça para trás e, abrindo a boca o máximo possível, examine atentamente o céu da boca. Toque com o dedo indicador todo o céu da boca. Em seguida, diga: ÁÁÁÁÁ... e observe o fundo da garganta;
 ponha a língua para fora e observe a parte de cima. Repita a observação com a língua levantada até o céu da boca. Em seguida, puxando a língua para a esquerda, observe a região da direita. Faça o mesmo com o lado esquerdo, movendo a língua para a direita;
 ponha a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano; apalpe-a em toda sua extensão, com o dedo indicador e polegar da outra mão.
 examine o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo e veja se há diferença entre eles. Depois, apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita;
 repita o procedimento para o lado direito, apalpando com a mão esquerda. Finalmente, introduza o polegar por debaixo do queixo e apalpe suavemente todo o seu contorno inferior.



 Importante


Faça este auto-exame duas vezes por ano. Se perceber anormalidades como: regiões irritadas embaixo das próteses, ferimentos que não cicatrizam em duas semanas, dentes quebrados ou moles, mudança de cor, algum caroço ou endurecimento, procure imediatamente um dentista. Ele lhe aconselhará se deve ou não consultar outro especialista.
Previna-se do câncer de boca reduzindo e evitando o fumo e o álcool.

Alimentação

Um dos fatores importantes para uma boa saúde bucal consiste em manter uma dieta alimentar adequada. Os alimentos que passam por sua boca e entram em contato com seus dentes, podem provocar a placa bacteriana — fina película que, aderida ao dente, pode causar sérios problemas odontológicos.
Em quantidades exatas, os alimentos podem contribuir para uma boa formação e preservação dental. Portanto, procure ingerir diariamente:
 40% de cereais, pães, arroz ou massas;
 20% de vegetais;
 20% de laticínios (leite, queijo, iogurte, etc);
 10% de frutas;
 10% de carnes, aves, peixes e ovos.

Dicas importantes para você

Siga estas dicas e fique por dentro:
 a escova deve ser escolhida por quem vai usá-la, observando qual cabo melhor se adapta à mão, a maciez das cerdas e o tamanho da cabeça, que deve ser proporcional ao tamanho da arcada dentária da pessoa; quando a escova já estiver gasta, isto é, com as cerdas voltadas para fora, já está passando da hora de comprar uma nova;
 lembre-se de que a escovação deve ser feita corretamente, para retirar todos os resíduos alimentares, juntamente com o uso do fio dental;
 se você escova os dentes de maneira incorreta, mesmo que várias vezes ao dia, pode estar correndo o risco de uma retração ou deslocamento na gengiva;
 se perceber que está com a boca seca demais, estimule a produção de saliva, mastigando algo como cristais de gengibre, comprados em qualquer farmácia. A boca seca pode provocar o mau hálito;
 não se esqueça de escovar também a língua quando for escovar os dentes. Ela retém restos alimentares e pode causar mau hálito e acúmulo de placa se não for limpa.

OBS: O importante é a qualidade da higiene bucal, e não a quantidade de vezes que você a faz.

Técnica de escovação

Quando você não higieniza corretamente os seus dentes após as refeições, os resíduos alimentares colaboram para o aparecimento da placa bacteriana, que utiliza os açúcares na produção dos ácidos destruidores do esmalte da superfície dentária. Desta maneira, forma-se a cárie. Para evitar esse tipo de problema, siga as seguintes instruções e, se necessário, peça orientações ao seu dentista:
 use escova com cerdas macias ou médias, que deverão ter em torno de 10 fileiras e 3 colunas;
 posicione as cerdas da escova em um ângulo de 45 graus em relação aos dentes, dirigindo as cerdas para a junção dos dentes com as gengivas;
 comprima e vibre as cerdas suavemente contra as gengivas, fazendo um movimento horizontal ou de rotação em direção ao dente;
 mantenha a escova cerca de 10 segundos em cada dente antes de passar ao seguinte, começando dos últimos dentes da arcada (superior ou inferior) e seguindo até a outra extremidade, fazendo o mesmo com a outra arcada;
 É importante massagear a gengiva enquanto você escova os dentes. Escove também a língua para retirar as bactérias e refrescar o hálito;
 Utilize uma pasta de dentes que possua flúor e, de vez em quando, varie com outra marca que não contenha a substância.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dentes escuros

Por os dentes ficar escuros?
Os dentes podem ficar escuros devido a várias causas. O dente pode escurecer devido à necrose da polpa dental decorrente da ação de produtos não foram devidamente empregados para “fazer o canal” do dente. 

Alguns alimentos podem contribuir para que os dentes fiquem escuros, como por exemplo refrigerantes, doces, café, chás e vinho tinto. Os dentes também podem nascer escuros se a mãe utilizar durante a gestação antibióticos ou outros medicamentos que prejudicam a formação dos dentes do feto. 
O fumo e uso de antibióticos e outros medicamentos pode fazer com que os dentes fiquem escuros. Há também causas congênitas e hereditárias que contribuem para o dente escuro.

É possível clarear os dentes escuros?
Sim, hoje em dia há tratamentos eficazes para o clareamento de dentes escuros. Em nossa sociedade dentes brancos são símbolo da beleza e saúde, então é importante para muitas pessoas clarear os dentes escuros como forma de elevar auto-estima e até facilitar o convício social.
Porém, é fundamental que você faça o clareamento dos dentes escuros através da supervisão e orientação de um dentista, ao invés de tentar usar sozinho produtos para clarear dentes.

Arma natural contra cáries

As folhas de alecrim-do-campo apresentam forte potencial terapêutico na prevenção da cárie dental. A conclusão é de uma pesquisa de doutorado apresentada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto.
O extrato da planta é uma das matérias-primas da própolis verde, capaz de inibir a proliferação de Streptococcus mutans, o principal agente causador da cárie dental em humanos. Nos últimos anos, vários estudos atestaram que esse tipo de própolis pode ser útil para a prevenção das cáries.

Durante os experimentos in vitro, a comparação dos extratos de própolis verde com os de alecrim-do-campo em diferentes parâmetros bioquímicos da bactéria teve resultados bastante interessantes. “As duas substâncias apresentaram um perfil semelhante no que diz respeito à inibição da S.mutans”, disse a autora da pesquisa, Denise da Silva Leitão, à Agência FAPESP. O estudo foi orientado pelo professor Augusto César Spadaro.
Apesar das semelhanças dos efeitos, Denise defende a idéia de que o alecrim-do-campo poderá ser útil para gerar produtos que evitem a ação das bactérias sobre os dentes humanos. Para a pesquisadora, essa matéria-prima de origem vegetal sozinha oferece uma facilidade maior para a padronização de eventuais cremes ou remédios contra a cárie.
A bactéria S.mutans produz ácidos que corroem o esmalte dental, além de eliminar enzimas que produzem polissacarídeos auxiliadores da formação da placa dental. “Analisado de maneira isolada, o extrato do alecrim-do-campo foi capaz de eliminar os ácidos e enzimas produzidos pela bactéria, mostrando-se uma planta medicinal eficiente no combate à cárie dental”, afirma Denise.

A pesquisadora direcionará seu estudo agora para as pesquisas com animais e seres humanos para comprovar o efeito da planta na prática. “Hoje temos fortes indicativos do efeito anticariogênico do alecrim. Com os resultados dos testes em humanos, a idéia é propor a criação de produtos à base da planta que consigam inibir a formação das cáries”, disse.
Fonte: Thiago Romero, Agencia Fapesp, 24/05/2005.

Terapia com flúor para os dentes

A terapia como flúor é um método para prevenir a deterioração e formação de cáries nos dentes. Nessa técnica, o flúor é administrado através de produtos como gel tópico, enxaguante bucal e pasta de dente. 
O flúor também pode ser recebido pela fluoretação da água para beber ou através de suplementos dietéticos.
A terapia com flúor para os dentes é comumente praticada e há consenso geral sobre sua importância para a saúde dental. 


O flúor ajuda a combater a deterioração dos dentes principalmente de três formas:

1) Flúor promove a remineralização dos dentes. O flúor é absorvido na superfície do dente onde ocorre desmineralização. A presença do flúor, por sua vez, atrai outros minerais como o cálcio, resultando na remineralização dos dentes.
2) Flúor pode tornar o dente mais resistente. A remineralização do dente forma um composto mineral mais duro e com melhor resistência à dissolução por ácidos (desmineralização).
3) Flúor pode reduzir a taxa na qual as bactérias que vivem na placa dos dentes produzem ácidos, ao diminuir sua capacidade de metabolizar açúcares. Quanto menos açúcar a bactéria consumir, menor será a quantidade produzida de ácidos que participam no processo de desmineralização dos dentes.

Alimentação e a Saúde Oral

A incidência de cáries dentárias em crianças e adolescentes, na maioria dos países da Europa, tem descido progressivamente durante as últimas três décadas, apesar da ingestão média de açucares se ter mantido constante. Assim, que factores são responsáveis por esta tendência positiva? Aparentemente, o mérito deve-se a uma melhor higiene oral (lavagem mais frequente dos dentes e uso de fio dentário) e ao flúor.
Cáries dentárias
 
Cáries dentárias ocorrem quando existem diversos factores simultaneamente. Primeiramente, tem de se tratar de um tipo de dente susceptível à formação de cáries. Segundo, deve haver uma placa bacteriana, isto é, a bactéria que fermenta os hidratos de carbono produz ácidos, que por sua vez criam uma erosão no esmalte dos dentes. Em terceiro lugar, existe tempo suficiente para a desmineralização (dissolução do esmalte  dos dentes) e insuficiente para que o organismo produza o seu sistema de defesa natural,  “remineralize” e repare os danos dos dentes.
 
Cada um destes factores é no entanto afectado por outros. Por exemplo, a presença de flúor contribui para a remineralização e altera a estrutura dentária. O resultado final é que a superfície dentária fica menos vulnerável à cárie. A frequência com que se come também é importante, uma vez que quanto mais comida se ingerir, maior é o número de bactérias a ter oportunidade de fermentar os hidratos de carbono. A saliva tem como função neutralizar os ácidos, proporcionar os minerais para a remineralização e ajudar a limpar mais rapidamente a comida que fica na boca.
 
Factores dietéticos
 
O efeito da dieta no desenvolvimento de cáries dentárias não é claro, como muitas pessoas acreditam. Enquanto a relação entre a ingestão de hidratos de carbono e a cárie dentária tem sido demonstrada claramente, a relação directa entre a ingestão de açúcar e a cárie tem sido fraca na maioria dos países europeus. Muitas pessoas, por exemplo, consomem quantidades relativamente elevadas de açúcar regularmente, sem necessariamente apresentar muitas cáries dentárias.
 
Um estudo realizado na Holanda descobriu que o tempo que a comida é retida na boca é mais importante que o conteúdo desta em açúcar. Os investigadores compararam soluções de açúcar com refeições e lanches e observaram que os alimentos compostos por hidratos de carbono tendem a fixar-se e permanecer mais nos dentes , podendo provocar cáries, do que as soluções açucaradas. Estes alimentos não são necessariamente os que consideramos “pegajosos” – por exemplo, os caramelos que se dissolvem e desaparecem da boca com mais rapidez do que alguns alimentos que contêm amido.
 
A associação que se fazia entre o açúcar e os alimentos que contêm açúcar implicados nas cáries dentárias também tem mudado. Actualmente é conhecido que muitos outros alimentos contendo hidratos de carbono, e que antigamente se diziam “amigos dos dentes”, como o pão, têm contribuído bastante para as cáries. Por exemplo, os alimentos ricos em amido, como o pão, induzem a produção de ácido pela placa bacteriana, e todas as frutas são uma potencial causa destas. No entanto, devemos continuar a consumir estes alimentos não só pelo prazer, mas também pelos seus benefícios para a saúde.
 
Actualmente, os cientistas acreditam que o papel da dieta nas cáries dentárias parece estar menos relacionado com a dieta propriamente dita, do que com os comportamentos individuais. Uma boa higiene oral e flúor, especialmente se aplicado de forma tópica mediante uma pasta de dentes que o contenha, tem reduzido a importância da dieta sobre a saúde dos dentes. Contudo, nos países onde a pasta de dentes com flúor não está disponível, uma ingestão regular de alimentos ricos em hidratos de carbono ainda é um factor importante na cárie dentária.
 
A maior fonte alimentar de flúor é água com um conteúdo deste mineral de 0,55-14 ppm. O flúor é um elemento presente em todos os alimentos; as fontes mais ricas são o chá e o pescado de mar, em que as suas espinhas também são ingeridas (por exemplo, as anchovas).
 
Prevenção das cáries dentárias
 
Uma boa higienização oral e o uso de flúor são actualmente considerados os principais factores de prevenção das cáries. De seguida fornece-se mais alguma informação que ajuda a manter os dentes livres desta patologia.
Inicie pelo cuidado dentário matinal – comece lavando os dentes, após aparece o primeiro dente no bebé. Não deve permitir que uma criança vá dormir, bebendo leite, fórmula láctea, sumo ou outra bebida doce; uma vez que estes fixam-se nos dentes durante um longo período conduzindo às “cáries do biberão”.

  • lave os dentes com pasta de dentes que contenha flúor duas vezes por dia com fio dentário ou palitos pelo menos uma vez por dia. Não coma após lavar os dentes na hora de dormir, uma vez que o fluxo de saliva diminui enquanto dormimos.
  • pastilhas sem açúcar têm-se demonstrado “amigas do dentes” e ajudam a aumentar o fluxo de saliva e assim a limpar a comida que fica na boca.
  • a frequência com que comemos e bebemos é relevante. É bom que ocorra um tempo entre cada refeição, para que a saliva possa neutralizar os ácidos. Não petisque nem beba líquidos a todas as horas.
  • os conselhos dietéticos devem basear-se em práticas alimentares adequadas, que correspondam a recomendações gerais de uma alimentação saudável.

 Quais os tipos de hidratos de carbono que podem provocar cáries?
 
Discussão entre açucares “extrínsecos” e “intrínsecos”.
Muitas pessoas confundem os tipos de hidratos de carbono que podem ser fermentados pela bactéria e causar a cárie dentária. Alguns cientistas têm complicado a situação, dividindo os açucares em extrínsecos e intrínsecos. Os açucares intrínsecos são aqueles presentes naturalmente na estrutura celular dos alimentos, e que estão presentes principalmente nas frutas e vegetais. Os açucares extrínsecos, são os que se encontram livres nos alimentos ou que se adicionam a estes. Este grupo é ainda dividido em açúcar do leite (lactose) e açúcar extrínseco ao açúcar do leite, como os sumos de fruta, mel, açúcar adicionado. Estudos mostram que as bactérias podem fermentar ambos os tipos de açúcar, portanto todos os alimentos que contenham hidratos de carbono podem contribuir para a formação de cáries. Uma dieta saudável e prazerosa associada a uma boa higiene oral, é a melhor forma de proteger os dentes e desfrutar de uma boa saúde no geral.