sexta-feira, 29 de abril de 2011

Odontologia holística busca prevenir dores pela saúde bucal


Foto: Stock photoZoomCheck-up digital ajuda a detectar problemas ainda na fase inicial
Check-up digital ajuda a detectar problemas ainda na fase inicial


É possível tratar dores nas costas e no pescoço no dentista. Essa é a proposta da odontologia holística, que considera que, a partir da boca, é possível tratar e prevenir diversos problemas de saúde.

“Melhorando-se o desempenho físico do paciente pela obtenção de plena saúde bucal, proporciona-se a ele, em consequência, uma melhor qualidade de vida. E daí a importância da odontologia holística”, completa o fundador e diretor clínico da Odontologia Holística Lascala, o dentista Cícero Lascada.

A odontologia holística utiliza as técnicas médicas das áreas de transplantes, oftalmologia e estética, inclusive no uso do laser, das tomografias e outras tecnologias da saúde.

Estes procedimentos permitem diagnosticar doenças bucais na fase inicial, por meio da ampliação até 60 vezes da boca do paciente, tornando mais evidentes as alterações bucais. Para Cícero, “o check up digital preventivo é um dos procedimentos eficazes utilizados pela odontologia holística para garantir uma plena saúde bucal”.

Busca por boa escovação dental pode levar a equívocos


Foto: stock.xchngZoomEscova deve ter cerdas macias para evitar a agressão da região gengival
Escova deve ter cerdas macias para evitar a agressão da região gengival


A saúde bucal é essencial para manter todo o corpo saudável. No entanto, a ânsia por uma boa escovação pode levar a equívocos. “Muitas pessoas não sabem a técnica ideal para escovar os dentes, não conhecem os produtos mais eficazes e exageram na quantidade de pasta e antisséptico oral”, informa o Cirurgião-Dentista e Professor, Mestre e Doutor em Odontologia da Uniban, Hugo Lewgoy.

A bióloga Patrícia Gomes é cuidadosa quando o assunto é a limpeza dos dentes. “Escovo meus dentes imediatamente após as refeições. Geralmente, uso uma escova dental com cerdas duras, pois acredito que ela limpa mais intensamente, e coloco uma boa quantidade de pasta dental, que proporciona um hálito mais refrescante, além do uso do antisséptico bucal”, afirma.

Assim como ela, muitos brasileiros possuem a mesma rotina. Embora pareça ser o procedimento correto, Lewgoy alerta que não é exatamente dessa maneira que se deve escovar os dentes. Ele explica que é um erro achar que a escova com cerdas duras são mais eficientes. Pelo contrário, elas agridem os dentes e a gengiva. “A escova mais indicada deve ser ultramacia e com grande quantidade de cerdas, que proporcionem maior efetividade sem agredir o esmalte dos dentes e a gengiva”.

A cárie é considerada a doença crônica mais comum do mundo. Estima-se que aproximadamente cinco bilhões de pessoas, ou 88 % da população mundial, tenha cárie.

Mitos e verdades:

Deve-se escovar os dentes imediatamente logo após as refeições.

Mito. Deve-se esperar, no mínimo, 30 minutos para escovar os dentes. Este é o tempo necessário para que a saliva possa agir e neutralizar o Ph dos alimentos e bebidas. O café, o vinho, o refrigerante e o suco de laranja, por exemplo, têm pH inferior a 5,0. Portanto, são ácidos e causam erosão, ou seja, perda da estrutura dental (cálcio).

Usar uma grande quantidade de pasta dental ajuda na escovação

Mito. A escova com pasta dental desgasta mais o esmalte do que a escova sem pasta. Ela, na verdade, é desnecessária. No entanto, caso ela seja utilizada, deve-se usar uma dose pequena, como o tamanho de uma ervilha, por exemplo.

É necessário escovar a gengiva e a língua

Verdade. Desde que seja com uma escova ultramacia para não causar uma retração gengival, deve-se passar a escova 50 % sobre a gengiva e 50% sobre a estrutura dental, em um ângulo de 45º. A língua também deve ser higienizada, pois é nesta região que as bactérias ficam alojadas. A higienização deve ser feita diariamente, preferencialmente todas as manhãs.

A higienização noturna é a mais importante

Verdade. À noite, quando a salivação diminui, deve-se fazer a escovação mais minuciosa, pelo menos por 10 minutos. A língua é o melhor sensor para saber quanto tempo deve-se escovar os dentes. Deve-se passá-la em todos os dentes para sentir qual ponto falta fazer a higienização.

Conheça os mitos e as verdades sobre a saúde oral das gestantes


Foto: Reprodução/Stock.XchngZoomGestantes também devem escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia
Gestantes também devem escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia


Durante a gestação surgem uma série de mudanças físicas e fisiológicas. Por este motivo é importante que a mulher cuide também da saúde oral.

De acordo com o mestre e doutor em odontologia, Hugo Lewgoy, a informação de que a gravidez deixa os dentes fracos não é verdadeira.

“A gravidez não é responsável pelo surgimento de cáries ou doenças gengivais, pois não ocorre, como se imagina, a perda de minerais [cálcio e fosfato] dos dentes da mãe para formar os ossos ou os dentes do bebê”, explica.

Ainda de acordo com o especialista, normalmente, os "dentes de leite” se formam a partir da sexta semana de  gestação e os dentes permanentes a partir do quinto mês da vida intrauterina. Por essa razão, o uso de alguns medicamentos ou infecções não tratadas podem ocasionar em problemas na dentição do bebê e não da mãe.

“Na realidade, o aumento das cáries nas gestantes ocorre devido a alterações nos hábitos alimentares [uma dieta mais rica em carboidratos e a ingestão de alimentos em intervalos menores] e, principalmente, pela maior formação da chamada placa bacteriana, placa dental ou biofilme oral sobre os dentes. De uma forma quase inconsciente a gestante não realiza a escovação da forma adequada, pois a escova dental induz ao enjoo e isto provoca o maior acúmulo da placa sobre os dentes”, comenta Lewgoy.
Veja abixo os mitos e as verdades sobre a saúde bucal durante a gravidez:

• Deve-se evitar o uso de antisséptico bucal.
Verdade. Os antissépticos são produtos químicos que devem sempre ser utilizados sobre a supervisão de um cirurgião-dentista ou do médico responsável. Durante o chamado período pré-natal, a gestante deve evitar a utilização dos antissépticos, a não ser em casos específicos. Muitos antissépticos possuem álcool em sua formulação e isto pode provocar o ressecamento da mucosa oral.

• As gestantes sempre têm problemas periodontais durante a gravidez.
Mito. Da mesma forma que a gravidez não causa cáries também não causa problemas periodontais ou inflamação gengival. O tecido de suporte dos dentes é composto pela gengiva, osso e ligamento periodontal. Porém, devido a alterações hormonais, ocorre uma maior vascularização gengival durante a gestação. A gengiva fica mais susceptível, no entanto o que causa a inflamação (gengivite ou periodontite) é a placa bacteriana, e não a gravidez.

• A gestante pode realizar tratamento oral.
Verdade. Porém, o ideal (desde que não exista nenhuma urgência) é que o atendimento ocorra no segundo trimestre da gravidez. Nesta fase a gestante encontra-se em um período de maior estabilidade gestacional, o período de embriogênese, onde ocorre a maior diferenciação, a multiplicação celular já passou (primeiro trimestre) e a data do parto ainda está distante.

• Higienizar a língua durante a gestação pode causar enjoo.
Mito. Para manter o hálito puro e saudável, a língua deve ser higienizada, pois é nesta região que as bactérias ficam alojadas. A higienização deve ser feita diariamente, preferencialmente, todas as manhãs com um higienizador e não com escovas, para evitar enjoo.


Redatora: Tatiane Moreno

Saiba como cuidar da saúde bucal nos primeiros anos de vida


Foto: StockxchngeZoomMesmo antes da chegada dos primeiros dentes, os pais já devem procurar um dentista
Mesmo antes da chegada dos primeiros dentes, os pais já devem procurar um dentista


A proporção do número de crianças de 12 anos livres de cáries no Brasil aumentou de 31% para 44% nos últimos sete anos, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde. Isso significa que 1,4 milhão de crianças não possuem dentes cariados atualmente.

O levantamento aponta ainda que houve uma redução de 26% das cáries entre crianças de 12 anos em relação a 2003, quando foi realizado o primeiro levantamento. Entre adolescentes, houve diminuição de 30% no índice de dentes cariados, perdidos e obturados (chamado de CPO) entre 2003 e 2010, representando que 18 milhões de dentes deixaram de ser afetados.

Segundo o odontopediatra e professor universitário Luis Fernando Medeiros, os cuidados devem começar mesmo antes do nascimento, ainda na gestação. “O desenvolvimento do paladar está ligado à dieta da gestante, por isso, o consumo exagerado de açúcar pela mãe desperta o gosto por alimentos açucarados na criança. Além disso, a alimentação balanceada da mulher durante a gestação com carnes, frutas, verduras, cereais, leite e seus derivados é importante para o bom desenvolvimento dos dentes do bebê”.

Nos primeiros doze meses já é recomendado o início das visitas ao dentista. “Mesmo antes da chegada dos primeiros dentes, os pais devem ser orientados sobre todos os aspectos que envolvem a manutenção da saúde bucal de seu filho, como métodos de limpeza da boca e dos dentes, controle de açúcar, cuidados com a mamadeira de uso noturna, uso correto de produtos fluoretados e também sobre hábitos nocivos ao bom desenvolvimento da arcada dentária como a sucção do dedo ou da chupeta”, diz o dentista Bruno Lippmann, consultor técnico da FGM Produtos Odontológicos, empresa brasileira que dispõe de uma linha de produtos para odontopediatria.

Primeiros passos

Com o nascimento dos primeiros dentinhos, é hora de retirar gradativamente a mamadeira e introduzir alimentos sólidos na dieta, que incentivam os movimentos mastigatórios. A mãe deve habituar-se a fazer a higiene diária, inicialmente nos dentes anteriores com uma fralda ou gaze umedecida em água limpa (fervida ou filtrada) ou ainda com uma dedeira de silicone. Caso observe durante o ato da limpeza qualquer alteração como o aparecimento de manchas brancas sobre a superfície do dente, por exemplo, deve agendar visita com o odontopediatra.

Quando surgem os dentes posteriores, é recomendável o uso de escovas dentais massageadoras. “Como o próprio nome diz, elas massageiam e escovam a gengiva e os dentinhos, proporcionando uma perfeita higiene bucal e alívio ao bebê, pois diminuem a irritação e a coceira comuns nessa fase”, afirma Gerson Grohskopf, coordenador da área de Higiene Bucal da Condor, líder no mercado brasileiro de escovas dentais infantis.

Em crianças até os cinco anos, o flúor é determinante para impedir lesões de cárie. “O elemento está presente em cidades que possuem água de abastecimento fluoretado ou nos cremes dentais usados para higiene bucal da criança. Mas como em qualquer outro produto, há doses ideais para o máximo benefício e o mínimo risco de efeitos nocivos a saúde. O dentista é o profissional capacitado para avaliar a necessidade de outras fontes de flúor de uso caseiro ou profissional”, alerta o odontologista, Luis Fernando.

Ainda nesta fase, a escovação deve ser supervisionada por um adulto, que deverá colocar uma pequena quantidade de creme dental na escova (proporcional a um grão de arroz) no sentido transversal às cerdas. “A escova deve ter a cabeça pequena com cantos arredondados e laterais emborrachadas para proteger as gengivas das crianças. Suas cerdas precisam ser macias ou extramacias, de pontas arredondadas e tufos frontais mais altos para auxiliar na higiene dos dentes de difícil acesso. Por último, cabo correto é emborrachado com empunhadura no tamanho ideal e seguro para os baixinhos”, ensina o executivo da Condor.

Outra recomendação é motivar a criança a cuidar da boca e dos dentes. “Trata-se de um processo multiplicador pois o pequeno dissemina os ensinamentos entre os familiares, o que é muito importante no processo de prevenção”, conclui a dentista Constanza Odebrecht, também consultora técnica da FGM e professora da Faculdade de Odontologia de Joinville (Univille).

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Terceira idade e lesões na mucosa bucal

dv2037039Os indivíduos da terceira idade estão sujeitos a vários tipos de lesões na mucosa bucal (como candidíases e leucoplasias) e outras doenças, como por exemplo, o câncer bucal. A candidíase é uma infecção por levedura das membranas da mucosa da boca e da língua, sendo que a principal causadora de infecção em seres humanos é a Candida albicans. Os sintomas incluem o surgimento de placas esbranquiçadas e aveludadas na membrana mucosa da boca e da língua. Outra lesão da mucosa é a leucoplasia. É uma das lesões cancerizáveis mais frequentes da boca. E isto vai depender de hábitos nocivos à saúde como o tabagismo associado ao etilismo, pois pode aumentar o risco de tornar-se cancerizável. Ela desenvolve-se em qualquer região da boca, sendo que as áreas mais afetadas são no lábio inferior, rebordo lateral de língua e mucosa jugal (mucosa interna da bochecha). O seu aspecto clínico é semelhante a outras lesões com aspecto de placas brancas que ocorrem na cavidade bucal. Já o câncer oral aparece geralmente como uma ulceração (ferida) com as bordas elevadas e pode se apresentar também com coloração branca e/ou vermelha. Essa ferida, no início, não dói e não cicatriza e o indivíduo pode apresentar dificuldade em falar ou engolir.
Mas o diagnóstico correto, tanto das lesões na mucosa como do câncer bucal, é realizado pelo dentista, sendo importante o diagnóstico precoce das mesmas. Para isto, é fundamental que os indivíduos da terceira idade realizem o auto-exame, isto é, o exame da própria boca diante do espelho, que possibilita a detecção de lesões na boca na fase inicial e a pessoa ao perceber alguma anormalidade, deve procurar o seu dentista.
Idosos que tem boa coordenação motora (idosos independentes), devem realizar o auto-exame através de um espelho e em um local bem iluminado. Aqueles que usam próteses (dentadura) precisam retirá-las antes de começar o exame. Baseado no que preconiza o Instituto Nacional do Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, o autoexame deve ser feito da seguinte forma:
a) De frente para o espelho, deve-se observar a pele do rosto e do pescoço. Prestar atenção em qualquer sinal que não tenha notado antes. Apalpar suavemente, com a ponta dos dedos, todo o rosto;
b) Puxar, com os dedos, o lábio inferior para baixo, expondo a parte interna (mucosa). Depois, repetir o mesmo procedimento com o lábio superior, puxando-o para cima;
c) Com a ponta do dedo indicador, afastar a bochecha, para examinar a parte interna. Repetir com o outro lado de bochecha;
d) Com a ponta do dedo indicador, sentir toda a gengiva na região superior e inferior, verificando se encontra alguma anormalidade;
e) Colocar o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procurar apalpar todo o assoalho da boca;
f) Virar a cabeça para trás e, abrindo a boca o máximo possível, examinar atentamente o céu da boca. Tocar com o dedo indicador todo o céu da boca. Em seguida, dizer: ÁÁÁÁÁ... e observar o fundo da garganta;
g) Colocar a língua para fora e observar a parte de cima. Repetir a observação com a língua levantada até o céu da boca. Em seguida, puxar a língua para a esquerda, observar a região da direita. Fazer o mesmo com o lado esquerdo, movendo a língua para a direita;
h) Colocar a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano; apalpá-la em toda sua extensão, com o dedo indicador e polegar da outra mão;
i) Examinar o pescoço. Comparar os lados direito e esquerdo e ver se há diferença entre eles. Depois, apalpar o lado esquerdo do pescoço com a mão direita;
j) Repetir o procedimento para o lado direito, apalpando com a mão esquerda. Finalmente, introduzir o polegar por debaixo do queixo e apalpar suavemente todo o contorno inferior.

Deve-se fazer este auto-exame duas vezes por ano e, se perceber anormalidades como: regiões irritadas embaixo das próteses, ferimentos que não cicatrizam em duas semanas, dentes quebrados ou moles, mudança de cor, algum caroço ou endurecimento, deve-se procurar imediatamente um dentista. Ele aconselhará se deve ou não consultar outro especialista. No caso de idosos que não tem boa coordenação motora (idosos dependentes), o exame para verificação de anormalidades na mucosa bucal deve ser realizado pelo familiar ou pelo cuidador.
Para finalizar vale sinalizar que é importante o retorno periódico ao dentista para uma reavaliação das condições de saúde bucal e prevenção de doenças. E na prevenção de enfermidades, como por exemplo o câncer oral, é fundamental reduzir e evitar o fumo e o álcool.


Dr. Marco Tulio Pettinato Pereira é cirurgião-dentista com especialização em Saúde da família (UCAM), Saúde Coletiva (SL Mandic) e Saúde Pública (UNAERP) e Dr. Fernando Luiz Brunetti Montenegro é mestre e doutor FOUSP, Prof. Adjunto na UnG, Coordenador Saúde Bucal CEDPES e Casa Ondina Lobo.

Secura Bucal: uma queixa comum para boa parte dos Idosos

LS020068A digestão se inicia na boca e a saliva é responsável por umidificar e proteger os tecidos bucais. A diminuição da salivação ou a xerostomia, conhecida como boca seca, leva a diversos problemas como doenças das gengivas, aumento das cáries, mau hálito, diminuição do paladar, dificuldade de mastigar, engolir e falar e formação aumentada de saburra lingual. Para quem usa prótese completa, a fixação das dentaduras é comprometida.
A boca seca pode ocorrer devido à idade, diabetes, hipertensão, fumo, diálise renal, tratamentos para câncer, Síndrome de Sjögren, AIDS e outras causas.
Este problema afeta um grande número de idosos, que além de apresentarem uma diminuição fisiológica do fluxo salivar pelo envelhecimento, têm seus sintomas potencializados pelo uso de variadas medicações com este efeito colateral/adverso, como por exemplo alguns remédios usados para controlar diariamente a hipertensão e diabetes, doenças muito prevalentes na 3a Idade.
As pessoas apresentam redução da secreção de saliva e a saliva que resta é normalmente espessa ou espumante. A mucosa fica com aparência ressecada e frágil e a língua pode apresentar fissuras, onde se acumularão muitos restos de alimentos, o que agrava o mau hálito.
Estes pacientes têm queixas como dificuldades para mastigar e engolir os alimentos, o que pode ajudar na diminuição da condição nutricional de todo o corpo, pois as papas e líquidos nunca contêm bons nutrientes suficientes para um pleno funcionamento do organismo. Também esta mudança alimentar deixa de estimular a musculatura de toda a boca e face, o que leva, indiretamente, a salientar as rugas do rosto dos idosos acometidos pela secura bucal.
Controlar os efeitos da boca seca é um dos maiores objetivos das terapias odontogeriátricas, pois as condições bucais inadequadas podem influir em diversos aspectos psicológicos, tanto por alterar o prazer de comer como pelo convívio social, a aparência facial e a auto-estima. O tratamento para a xerostomia deve incluir a identificação das causas.
Com o intuito de reduzir os efeitos da boca seca poderão ser utilizados substitutos salivares. Estes recursos aliviam o desconforto da secura da boca, estimulando a produção ou substituindo a saliva ausente ou diminuída. Estes produtos se apresentam em forma de géis, cremes dentais, enxaguatórios, sprays e chicletes que melhoram a umidade e textura da língua e das mucosas. Flúor, agentes antibacterianos e um excelente controle da higiene bucal, também com o uso de higienizadores linguais, diminuem os riscos associados à xerostomia.
Seu dentista ou Odontogeriatra, em conjunto com seus médicos, podem ajudar na melhora destes problemas, já que o tratamento da xerostomia contribui na melhoria da sua qualidade de vida, diminui a incidência de problemas bucais e auxilia em uma adequada mastigação e nutrição, com implicações diretas em sua saúde geral.


Dra. Thaís de Oliveira Rezende é Odontogeriatra pela Abeno (SP) e dentista em Uberlândia, MG.

Xerostomia: boca seca pode estar, ou não, relacionada com a diminuição do fluxo salivar

Xerostomia: boca seca pode estar, ou não, relacionada com a diminuição do fluxo salivar Xerostomia é a sensação subjetiva de boca seca, isto é, é o que o paciente sente. Pode estar, ou não, relacionada com a diminuição do fluxo salivar.

Quais são os sintomas?
Os sintomas que podem estar presentes, além da própria sensação de secura na boca, são: necessidade de tomar água o tempo todo, dificuldade de comer alimentos secos, dificuldade de falar, cáries e mau hálito.

O que é a saliva? Ela pode ser considerada importante? Por quê?
A saliva é o produto final da secreção das glândulas salivares. É composta por água, na maior parte, além de substâncias que atuam na defesa da boca, comoimunoglobulina A, outras que digerem inicialmente os alimentos, como a amilase, e outras ainda que lubrificam a cavidade oral, como a mucina. Além disso, há íonsresponsáveis pela manutenção do pH oral. Pela sua composição, nota-se a sua importância na fisiologia da boca. Qualquer alteração no seu volume ou composição pode desencadear os sintomas já mencionados.

Quais são as causas?
Há diversas causas de xerostomia. Dentre elas, podemos citar o uso de determinados medicamentosdiabetesdepressão,radioterapia de cabeça e pescoço e a síndrome de Sjögren, uma doença autoimune.

Como pode ser feito o tratamento?
O tratamento deve se basear inicialmente na resolução do fator desencadeante, por exemplo, mudança de medicamentos, se for possível. Simultaneamente, podemos usar estimulantes da salivação ou substitutos da saliva.

Pacientes com boca seca devem ter cuidados especiais com os dentes?
É fundamental que haja uma abordagem multidisciplinar desses pacientes, sempre com acompanhamento odontológico e profilaxia das cáries.

Ilustração Xerostomia
Ilustração: Felipe Teixeira

Quais dicas gerais podem ser passadas para manter os dentes saudáveis?
A consulta rotineira ao dentista é muito importante, além da escovação e uso do fio dental.


Dra. Bianca Maria Liquidato - CRM-SP é 75577 - é Doutora e Mestre em Otorrinolaringologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Também é revisora da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia e Professora Assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

O que há de mau com o hálito?

mau-halitoHoje em dia, não apenas o sorriso, tão importante nas relações interpessoais, tem despertado a atenção das pessoas, que cada vez mais se preocupam com os problemas relacionados ao mau hálito. A Halitose, palavra originada do latim — Halitus: ar expirado e Osis: alteração —, pode ser definida como uma alteração do hálito de origem local ou sistêmica caracterizada pela emanação de odores fétidos pela boca, podendo ser permanente, intermitente ou nos períodos de jejum prolongado. A preocupação com esse tipo de problema tem se tornado uma realidade cada vez maior entre as pessoas, uma vez que, segundo especialistas, esse pode ser considerado um fator de exclusão do indivíduo dentro dos relacionamentos sociais.
Entre as causas da halitose vale citar os processos cariosos e suas sequelas, placa bacteriana, peças protéticas, gengivites, periodontopatias, retenção de sangue nos interstícios dentários, pericoronarites, língua saburrosa, língua fissurada e alterações na composição da saliva. Contudo, destaque deve ser dado à língua saburrosa e às periodontopatias.
Uma observação que pode ser levantada se dá em relação ao mau hálito da manhã, que pode até ser considerado fisiológico – este na verdade está relacionado à hipoglicemia, à redução no fluxo salivar e ao aumento da flora bacteriana, durante a noite, contudo o episódio é facilmente controlado após a higienização oral.
Entre outros fatores relacionados à manutenção de um odor fétido na cavidade bucal, destacam-se os compostos sulfurados voláteis (CSV), entre os quais podemos citar o sulfeto de hidrogênio, a metilmercaptana e, em menor extensão, o dimetil sulfeto; compostos estes originados da atividade bacteriana sobre aminoácidos sulfurados.
Dentro deste contexto um aspecto a ser considerado é o cigarro, sendo este um potencial componente prejudicial ao hálito. Sabe-se que o cigarro apresenta um elevado número de toxinas, sendo mais da metade derivada de enxofre. O fumo causa aquecimento da mucosa, podendo levar a uma descamação, que pode levar à formação de saburra lingual, consequência desse processo.
Em relação ao tratamento da Halitose, atualmente existem vários métodos que podem ser aplicados para o correto diagnóstico, os quais são capazes de detectar mesmo os menores níveis de CSV produzidos na cavidade bucal. Vale lembrar que o mau hálito é um sintoma e não uma doença. Ele revela que algo no organismo está em desequilíbrio, e que deve ser investigado e tratado.
É imperativo salientar que, dentro deste contexto, a manutenção da saúde bucal tem elevada importância. A escovação dos dentes e da língua, bem como o uso do fio dental, são medidas simples e preventivas à halitose bucal. Entretanto ressalva-se que o uso de enxaguatórios bucais contendo clorexidina deve ser visto com muito cuidado, visto os problemas que uma incorreta utilização prolongada pode trazer.
Assim, devemos considerar que, em casos em que exista um problema com o mau hálito, ou a suspeita desse problema, a consulta a um cirurgião-dentista é com certeza o primeiro passo para a prevenção ou o tratamento desse mau que acomete muitas pessoas e muitas vezes passa despercebido.


Dr. Francisco Carlos Rehder Neto é Cirurgião Dentista graduado pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP; Mestre pelo Programa de Pós-Graduação do Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - USP e Doutorando no mesmo tema.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Enxaguante bucal, qual o melhor?

Como 10 a cada 10 pessoas que iniciam o tratamento de halitose comigo, relatam usar algum tipo de enxaguante bucal, falar neles e dar algumas explicações é muito necessário.

Os enxaguantes encontrados no mercado, ainda não são muito variados na sua composição. Hoje, além dos que são à base de álcool, existem os que contêm cloreto benzalcônico, dióxido de cloro, peróxido de carbamida, triclosan, cloreto de cetilpiridino.

Todos têm sua funcionabilidade, porém os que contêm álcool não são bons para halitose. O motivo, é que o álcool queima a mucosa oral, provocando a descamação da mucosa que se acumula na língua, piorando drasticamente o odor. Não esquecendo que ele altera a microbiota oral, matando as bactérias patogênicas e não patôgenicas. É muito utilizado em pós operátorio cirurgico, com finalidade de evitar uma infecção.

A clorexidina é muito útil em processo de inflamação gengival, já que estimula a regeneração tecidual da gengiva, também eliminando bactérias que produzem odores.No entanto, seu uso não pode ultrapassar duas semanas, por causar diminuição de paladar e manchar os dentes. Para halitose, ele não é o ideal.

O triclosan tem ação sobre a formação de CSV ( compostos sulfurados voláteis), porém ao ser diluído em agentes orgânicos necessários a confecção do enxaguante, tem essa vantagem alterada. Portanto, tem sua eficácia reduzida.

O peróxido de carbamida já é parte de um enxaguante bucal no mercado, que tem uma eficácia boa diante dos odores bucais, mas a composição do peróxido e a utilização frequente, podem causar um sensibilidade dentinária em alguns casos. É uma boa opção para halitose!

O dióxido de cloro provoca a redução de CSV, no entanto a sua ação não tem uma duração muito grande. O que provoca uma certa frustração em quem deseja um efeito de hálito refrescante e duradouro.

O cloreto cetilpiridínio tem ação bactericida para uma ampla variedade de bactérias gram-positivas e gram-negativas, alguns fungos e vírus. Seu efeitos colaterais são menos expressivos, comparando aos da clorexidina. É uma opção a ser testada porque procura um enxaguante.

O cloreto benzalcônico possui várias características que fazem dele, o componente mais adequado ao combate da halitose em um enxaguante. Ele promove a diminuição de odores desagradáveis, é mais estável ao armazenamento, não é irritante as mucosas, tem boa penetração sugerindo um bom benefício como bochecho para o mau hálito. Atualmente, é o preferido no caso de tratamento de halitose.

No entanto, todo e qualquer enxaguante só irá ter seu valor se fatores relacionados ao mau hálito estiverem ausentes. Ou seja, quem não escova os dentes corretamente, não usa fio dental, come alimentos carregados, tem baixa salivação e tantos outros fatores que causam halitose, ele será apenas um mascarador de halitose. Ou seja, botar perfume sem tomar banho, não resolve.
Com informações da Dra. Paula Rollemberg que realiza o tratamento de halitose na cidade de São Paulo (SP), assim como procedimentos em dentística restauradora e estética.
Visite o site da Dra Paula: http://saudalito.wordpress.com/

Cirurgia plástica pode melhorar o sorriso

Um sofrimento comum para algumas pessoas é um certo incômodo ao sorrir. Normalmente isso acontece quando não querem expor aquilo que aparentemente está esteticamente imperfeito. Um dos motivos para isso é a aparição excessiva da gengiva no ato de sorrir. Mas, graças à odontologia estética isso tem solução. Poucas pessoas conhecem, mas a cirurgia plástica gengival otimiza a qualidade e a quantidade do tecido na gengiva, corrigindo tanto problemas funcionais quanto estéticos.

Esta cirurgia da gengiva leva cerca de 60 a 90 minutos de duração, dependendo do grau de correção, não é complicada e tem rápida recuperação. “A fase de maior desconforto são as primeiras 72 horas, mas o paciente deve ser devidamente medicado durante os 15 primeiros dias para o controle do edema, da dor e da infecção.”, explica a especialista em periodontia Dr. Maristela Lobo.

O procedimento também é utilizado em pacientes que fizeram implantes na região posterior da mandíbula e existe acúmulo de alimentos no local abaixo da prótese. “Este acúmulo ocorre pela existência de um defeito na gengiva, que pode ser solucionado com uma técnica de ganho de espessura de gengiva através de enxertos.”, completa Maristela.

Pelo grau de capacitação dos profissionais que executam o procedimento o custo da cirurgia pode ser alto. “Quando uma cirurgia de tamanho significado a saúde e estética bucal estiver muito barato é melhor ficar desconfiado. Se desenvolvida por profissionais qualificados a cirurgia é compensadora e trás resultados bastante satisfatórios quando corretamente indicada e executada.”, diz ela.

Celebridades, atores e jogadores de futebol não costumam contar, mas, já fizeram esse tipo de cirurgia, fica fácil constatar verificando fotos antigas e atuais dos famosos. “Após o procedimento há uma estabilidade dos tecidos removidos ou enxertados, porém o peeling gengival pode ser retocado a cada três anos, pois a pigmentação melânica e genética e tende a reaparecer.”, destaca Maristela Lobo.

A cirurgia é indicada para maiores de 21 anos, preferencialmente, pois o crescimento dentário já está completo. O procedimento é contra-indicado para pessoas que tem diabetes e problemas cardiovasculares. “Os indivíduos fumantes devem ser avisados de que a sua cicatrização, em quaisquer cirurgias, pode sofrer um atraso de 15 a 30 dias e que o resultado pode não corresponder às expectativas.”, finaliza a especialista em periodontia.
Fonte: Bagarai

Prato preferido dos brasileiros pode prevenir câncer oral

Os brasileiros receberam uma boa notícia. O bom e velho feijão com arroz, cativo na nossa mesa, pode ter efeito benéfico contra o câncer . A combinação, que está presente na alimentação da maioria dos brasileiros, independentemente de classe, cor ou religião, foi objeto de uma pesquisa que constatou sua capacidade de reduzir os riscos de desenvolver câncer oral . 

A pesquisa, conduzida pela nutricionista Dirce Marchioni, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, faz parte de um estudo maior da Agência Nacional de Pesquisa em Câncer, que investigou a relação entre fatores ambientais e o câncer oral. Sem colesterol e com baixo teor de gorduras saturadas, os dois alimentos fornecem uma boa composição de proteínas, fibras e carboidratos. Contudo, o mecanismo que explicaria a proteção contra o câncer oral ainda não foi esclarecido totalmente. 

Participaram do estudo 835 indivíduos da cidade de São Paulo, dos quais 366 sofriam de câncer de cavidade oral ou faringe. Outros 469 indivíduos faziam parte do grupo de controle, ou seja, não poderiam ter história ou suspeita de câncer nessas regiões do corpo. A análise incluiu indicadores socioculturais, fatores de risco como tabagismo e consumo de álcool, histórico familiar de câncer e um questionário sobre a dieta dos participantes. Observou-se uma tendência significativa de diminuição do risco de apresentar câncer oral ao se aumentar o consumo de arroz e feijão. "Quanto mais as pessoas do estudo consumiram arroz e feijão, menor foi a probabilidade de elas pertencerem ao grupo dos indivíduos com a doença", observa a nutricionista. 

Em 2006, o câncer de cavidade oral, no Brasil, representou 2,8% de todas as neoplasias malignas, ocupando a sétima posição entre os cânceres mais comuns, e a quinta entre os homens, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer. Dos estados brasileiros, São Paulo apresenta a mais elevada incidência de câncer oral, seguido do Rio Grande do Sul. 

Além dos fatores nutricionais, aspectos comportamentais também estão sendo estudados, com o objetivo de identificar a sua influência no aumento dos riscos da doença. Segundo Marchioni, os homens são mais propensos a desenvolverem esse tipo de câncer, uma vez que fumam e bebem mais que as mulheres. “Nas últimas décadas, no entanto, esse perfil vem mudando: fatores socioculturais têm levado as mulheres a fumar mais e consumir mais álcool.” 

Embora sejam esperadas conclusões mais sólidas até o fim deste ano com o prosseguimento dos estudos, os resultados obtidos até agora permitem inferir sobre a importância da dieta como fator protetor de doenças carcinogênicas. Já se sabe que frutas, vegetais e leguminosas são aliados na prevenção do câncer. Marchioni ressalta que os resultados do trabalho ainda são preliminares e os efeitos benéficos dessa combinação dietética ainda devem ser mais bem explicados. 

A nutricionista lamenta que os brasileiros estejam comendo menos feijão e atribui isso à dificuldade de preparo, à falta de tempo. Ela lembra que o Ministério da Saúde está empenhado em campanhas de incentivo ao consumo de feijão. “As leguminosas têm entrado na pauta das discussões científicas recentemente. Por serem grãos integrais, ricos em fibras e em antioxidantes, regulam a digestão e ainda podem prevenir o câncer. Por isso, há essa necessidade de resgate desse alimento.” 

Veja a influência da alimentação no surgimento de cáries

A dieta ocupa uma posição central no desenvolvimento da cárie, pois o diário e freqüente consumo de carboidratos alcança a cariogenicidade, ou seja, indivíduo com grande suscetibilidade à doença cárie, tendo efeitos locais (metabolismo da placa -
produção de ácidos, que associados a queda do Ph causam a cárie) e efeitos sistêmicos. A nutrição trata dos elementos participantes da dieta e metabolizados no organismo.

É importante lembrar que os gens também determinam a pré disposição do homem a
adquirir a doença cárie. Ou seja, pais com grande incidência de cárie, doença
periodontal e etc, que não se preocupam em deter os processos destrutivos das
doenças, não se previnem e não cuidam, têm uma maior probabilidade de
transmitirem isso através dos gens para seus filhos. Portanto, geneticamente
falando, essa pré disposição as doenças da cavidade bucal são transmissíveis.

O dente recém erupcionado é mais poroso e mais susceptível a cárie. É importante
que a dieta seja controlada e os acompanhamentos pelo dentista sejam feitos num
menor intervalo de tempo, para que ocorra uma adequada maturação pós eruptiva,
ou seja, para que o dente adquira uma maior resistência, após irromper na
cavidade bucal.

Fase de crescimento, estágio de maturação, atividades físicas, eficiência da
absorção e uso dos alimentos, devem ser considerados diante das necessidades
nutricionais, tanto para a criança como para o jovem e o adulto. O crescimento
das crianças passa por 4 fases importantes a serem analisadas, Crescimento
Inicial, muito rápido, Crescimento Uniforme é mais lento (idade pré escolar),
Crescimento Acelerado (adolescente), Declínio de Crescimento ate parar (idade
adulta).

As necessidades energéticas do lactente devem ser avaliadas através de,
verificação do peso, crescimento da criança estado geral do bem estar,
orientação individualizada da dieta, acompanhamento do crescimento /
desenvolvimento da criança. Assim algumas regras devem ser seguidas para a
alimentação no primeiro ano de vida:

  • 0 a 6 meses: aleitamento materno;
  • 6 a 7 meses: leite materno, 1 refeição de sal, 1 papa de fruta, 2 sucos de frutas;
  • 7 a 8 meses: leite materno, 2 refeições de sal, 2 papas de frutas, 2 sucos de frutas;
  • 8 a 12 meses: leite materno, 2 refeições de sal, 2 sobremesas, 2 sucos de frutas.


O leite possui um potencial cariogênico devido a presença de lactose, esta se
encontra em maior quantidade no leite materno (7g/100ml) que no bovino
(4g/100ml). O leite possui carboidratos, enzimas bacterianas e lactose. Por
esse e demais motivos, que a higiene bucal deve ter início na vida da criança
mesmo antes dos primeiros dentes apontarem na cavidade bucal. Criando assim um
ambiente para a microflora bucal isento de microorganismos causadores da cárie,
doença periodontal, etc, principalmente o streptococcus mutans, ou pelo menos,
um ambiente desfavorável para a proliferação e atuação dos mesmos.

As frutas frescas e verduras cruas são chamadas de alimentos detergentes. A
refinação dos alimentos os torna potenciais causadores de cárie. Dai que surge
a importância da higiene bucal, principalmente após as refinação.

Os alimentos não são cariogênicos, mas podem se tornar através de uma interação
complexa da, composição dos alimentos, padrão de consumo, flora bacteriana da
placa, TEMPO QUE PERMANECE NA CAVIDADE ORAL .Os sucos e bebidas de frutas
apresentam maior acidez que os refrigerantes , porém ambos são capazes de
induzir queda do Ph , favorecendo a produção de ácidos pelos microorganismos
que oriundos de suas associações são os causadores da cárie.

As modificações nos hábitos alimentares devem enfatizar, uma freqüência menor;
redução do consumo de açúcar, uso de substratos do açúcar, evitar produtos com
alto teor de açúcar e que fiquem retidos na boca.

ACONSELHAMENTO DIETÉTICO

  • Análise nutricional;
  • Sugestões para correção dos problemas devem ser aceitas;
  • Modificação deve ser gradual;
  • Freqüência é mais prejudicial que quantidade;
  • Dieta é importante fator da cárie;
  • Aprender que tipo de alimento ingerir, quando e onde modificar;
  • Açúcar ingerido produz ácido na placa por 20 a 30 minutos;
  • Alimentos cariogênicos devem ser consumidos junto com as refeições;
  • Usar substitutos do açúcar;
  • Combinar um dia para o consumo de doces (sugestão aos fins de semana);
  • Não dar líquidos durante as refeições.


Orientações que os pais devem transmitir a seus filhos, e praticarem juntos em casa:

  • Motivar a criança a mastigar;
  • Fazer as refeições em horários regulares;
  • Fazer as refeições com a família;
  • Ambiente agradável;
  • Saborear a dieta;
  • Iluminação do ambiente;
  • Temperatura da dieta;
  • Ruídos no ambiente - contra indicado;
  • Situação corporal confortável;
  • Ritmo de administração adequado;
  • Variedade de alimentos - criatividade.


Os pais devem ficar atentos:


  • Com gastos de alimentos desnecessários;
  • Comprar alimentos de alta qualidade nutritiva;
  • Com a rotina diária alimentar;
  • Com o peso, postura, porte, estrutura e etc de sua família;
  • Alerta para, composição forma e freqüência do consumo alimentar de sua família;
  • Ter consciência da importância da dieta como prevenção odontologia na sua vida e de sua família;
  • Entender a relação da nutrição com a saúde bucal.



Para se obter um bom resultado das alterações alimentares e conseqüentemente da
microflora bucal e saúde bucal, não deixando de lado as necessidades
nutricionais, é preciso que todos estejam conscientes, as crianças e os
adolescentes devem ter o apoio dos pais e os pais devem ter o apoio da família.


Fonte: Dra. Micheli Nahás Matiello - Cirurgiã Dentista - Bauru/SP - Dra. Aline Nahás Matiello - Cirurgiã Dentista - Bauru/SP

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Estudo das bactériais da saliva revela similaridades em todo o globo

A vida bacteriana que povoa a boca do seu vizinho provavelmente é tão diferente da sua quanto a de uma pessoa do outro lado do planeta, segundo um artigo do periódicoGenome Research.
Pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária, Institutos de Ciências Biológicas de Xangai (China) e Universidade de Ciências Farmacêuticas da China analisaram amostras de saliva de 120 indivíduos saudáveis de 12 diferentes locais ao redor do mundo. Compararam, então, as amostras com aquelas de um banco de dados para classificar os tipos de bactérias presentes.
Os pesquisadores observaram que existe uma diversidade considerável de vida bacteriana no microbioma salivar – o mundo das bactérias, seus genomas e suas interações ambientais num ambiente definido, por exemplo a saliva individual – entre as pessoas. Eles se confrontaram com um fato inesperado, entretanto, ao comparar amostras de áreas geográficas diferentes.

“O microbioma salivar não varia substancialmente ao redor do mundo, o que parece surpreendente, dada a grande diversidade de dieta e outros fatores culturais que poderiam influenciar o microbioma salivar humano”, diz o autor Mark Stoneking, PhD, do Instituto Max Planck.
Dr. Stoneking diz que seu trabalho serve como base para futuros estudos que explorem a influência da dieta, dos fatores culturais e da doença na variação do microbioma salivar, e que os achados poderiam ajudar na análise das migrações humanas e populações, assim como na pesquisa de saúde bucal.
A saliva tem sido sujeito de pesquisa como um fluido diagnóstico para doenças bucais e sistêmicas, permitindo o desenvolvimento de novos testes diagnósticos rápidos e não invasivos que usam saliva em substituição às amostras de sangue atualmente em uso. O mapeamento do microbioma salivar é um elemento-chave no desenvolvimento de testes baseados na saliva para câncer, doença cardíaca, diabetes e outras doenças.

Uso adequado do creme dental garante segurança

Um relato de caso que recentemente apareceu nos noticiários descreve quatro histórias de pacientes que disseram ter desenvolvido problemas neurológicos, presumivelmente por ingestão excessiva de alguns cremes dentais contendo zinco.
Os autores do relato observaram que esses pacientes usaram quantidades excessivas de cremes dentais contendo zinco (dois ou mais tubos por semana durante anos, quando um tubo normalmente duraria de 3 a 10 semanas) e sugeriram que eles podem ter engolido grandes quantidades de creme dental durante um período de tempo prolongado. Os autores concordam que isso é apenas uma hipótese.
American Dental Association (ADA) relata não ter conhecimento independente dos fatos nesses casos e não conhecer nenhum relato de problemas neurológicos resultantes do uso de creme dental quando obedecidas as instruções do fabricante, bem como nenhum outro relato de problemas neurológicos ou outros problemas de saúde relacionados ao uso de cremes dentais em nenhuma situação.
Até o momento, o U.S. Food and Drug Administration (FDA) não emitiu nenhum alerta ao público ou aos profissionais da odontologia sobre essa questão.
A ADA também observou que esse relato de caso envolvendo cremes dentais não deve ser confundido com outra ação do FDA de março de 2008 que incluiu uma notificação de saúde pública sobre eventos de saúde adversos causados por sérias reações alérgicas a um produto diferente: limpadores de dentaduras.
O FDA atribuiu a reação a um ingrediente chamado persulfato (um alérgeno conhecido) e solicitou a todos os fabricantes de limpadores de dentaduras que modificassem o rótulo para incluir informações alertando que o produto continha persulfatos e recomendou melhorar as instruções de uso no rótulo para reduzir erros na utilização.
Pacientes com dentaduras frouxas devem consultar o dentista regularmente para exame e cuidados apropriados, o que pode reduzir a necessidade de produtos adesivos de dentaduras.

Exame da conexão boca-corpo

Há bastante tempo os dentistas sabem que existe uma forte relação entre a saúde bucal e a saúde geral. Por exemplo, tabaco, álcool e drogas ilícitas não afetam apenas a saúde geral, mas também a saúde bucal. Pessoas que sofrem de boca seca, seja por idade, doença ou medicações, correm risco maior de cárie dentária. E se você tiver sensibilidade na boca ou não conseguir se alimentar adequadamente, você não obterá a nutrição que seu corpo precisa para permanecer saudável.
A boca é frequentemente examinada para diagnosticar, fazer um prognóstico, tratar e intervir numa série de doenças. A saúde bucal deve ser considerada uma parte importante da saúde geral, mas os cientistas ainda estudam o quanto as duas estão conectadas.
Por exemplo, alguns pesquisadores verificaram que a doença periodontal está associada com doença cardiovascular, derrame e pneumonia bacteriana. Outras pesquisas mostraram que mulheres grávidas com doença periodontal podem estar em risco aumentado de ter bebês prematuros, com baixo peso ao nascimento, ou ambos.
Embora relatos sugiram que a doença periodontal possa contribuir com essas condições, deve-se observar que, apenas porque as duas condições ocorrem ao mesmo tempo, uma não necessariamente causa a outra.
Cientistas estão examinando o que acontece quando a doença periodontal é tratada em pessoas que têm outros problemas de saúde. Duas condições que ocorrem concomitantemente podem ser causadas por um terceiro fator.  Pessoas que fumam ou usam álcool estão em risco aumentado de doença periodontal e outras condições, por exemplo câncer bucal.
O que isso significa para os pacientes odontológicos? Dada a potencial ligação entre doença periodontal e problemas sistêmicos de saúde, a prevenção da doença pode se mostrar um passo importante na manutenção da saúde geral. Na maioria dos casos, isso pode ser feito com boa higiene bucal diária (escovação mais uso de fio dental) e visitas regulares ao dentista.
Informe seu dentista sobre alterações na sua saúde geral, incluindo doenças recentes ou crônicas. Forneça um histórico de saúde atualizado incluindo o uso de medicação, tanto prescrita como sem prescrição. E, se você fuma, converse com seu dentista sobre as opções para abandonar o hábito.

Com que frequência se deve fazer um exame odontológico com raios-x?

A frequência com que raios-x odontológicos, também conhecidos como radiografias, devem ser feitos depende das necessidades individuais de cada um.
Um exame odontológico com raios-x pode revelar danos nas estruturas bucais não visíveis durante um exame comum. Entre os problemas que podem ser detectados por um exame radiográfico estão pequenas áreas de cárie dentária entre os dentes ou sob restaurações, infecções no osso, doença periodontal, abscessos ou cistos, anomalias do desenvolvimento e alguns tipos de tumores. Encontrar e tratar esses problemas odontológicos num estágio inicial pode economizar tempo, dinheiro e desconforto desnecessário.
É importante reconhecer que, assim como cada paciente é diferente do outro, o mesmo acontece com o agendamento de exames com raios-x, que deve ser individualizado para cada paciente. Seu dentista revisará sua história, examinará sua boca e então decidirá se você necessita de radiografias e de que tipo.
Se você for um novo paciente, o dentista poderá recomendar radiografias para determinar a condição atual das partes ocultas da sua boca e ajudar a analisar alterações que possam ocorrer posteriormente. Se você fez radiografias recentemente no dentista anterior, o novo dentista poderá pedir que elas lhe sejam apresentadas.
O agendamento para fazer exames radiográficos em visitas de retorno varia de acordo com sua idade, risco de doença, sinais e sintomas. Radiografias recentes podem ser necessárias para detectar novas cavidades, determinar o estado da doença periodontal ou avaliar o crescimento e desenvolvimento.
Crianças podem necessitar de exames com raios-x com mais frequência do que adultos, pois seus dentes e maxila e mandíbula ainda estão se desenvolvendo e são mais propensas ao aparecimento de cárie dentária do que os adultos.