terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mais da metade dos brasileiros não escova os dentes corretamente

Uma pesquisa mostrou que 58% da população não escova os dentes direito. O Idec informa que rótulos das pastas e dos líquidos de higiene bucal não ensinam direito como usar os produtos.

O Instituto de Defesa do Consumidor analisou embalagens de 18 cremes dentais e cinco enxaguatórios infantis. Quatorze não traziam de forma clara a advertência de que o uso em excesso pode trazer danos à saúde, nem indicava a maneira correta de uso.

"Muitos destes produtos que nós avaliamos têm apelos infantis óbvios. A atração destes produtos para as crianças é muito grande", diz Marcos Pó, assistente técnico do IDEC.

De acordo com as normas da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no rótulo devem constar as orientações:

- a pasta de dente deve ficar longe de crianças menores de seis anos.
- a escovação tem que ser acompanhada por um adulto.
- o creme não deve ser engolido.

No caso do enxaguatório bucal, faltavam outras informações. Apenas um trazia bem visível que o produto só deve ser usado por crianças com mais de seis anos.

O Idec também encontrou embalagens com letras pequenas demais, difíceis de ler e em inglês.

Em quatro embalagens de creme dental não indicavam a quantidade correta de pasta que deve ser colocada na escova. Em uma delas o fabricante indica que uma gota de creme é o suficiente, mas a ilustração mostra uma porção muito maior.

Em relação a quantidade de flúor, nenhuma ultrapassa os limites definidos pela Anvisa, mas dentistas alertam que é preciso tomar cuidado com a quantidade de flúor na escovação.

Flúor demais pode causar uma doença chama fluorose, mais comum em crianças, mancha os dentes e prejudica a formação dentária.

"O evento mais brando da fluorose são os manchamentos, as alterações de cores dos dentes, brancas, amarronzadas sobre as superfícies dos dentes", explica Rodrigo Bueno, consultor Assoc. Bras. Odontologia.

Em adultos, é mais rara e mais grave. "O flúor pode se depositar em órgãos como fígado, rins gerando inclusive disfunção destes órgãos e um risco inclusive de morte a essas pessoas, mas isso em situações extremas e graças à Deus, relembrando, esta é uma condição muito rara na população brasileira e mundial", alerta Bueno.

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